Informações:
Autora: Dani Ribeiro.
Classificação: +16
Avisos: Heterossexualidade, Sexo.
Perfil da autora no Nyah! Fanfiction: https://www.fanfiction.com.br/da_ni_ribeiro
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Sinopse: Uma proposta tentadora que sem duvida mexeu com Hermione Granger. Aceitar ou não?
O maior risco? Draco Malfoy.
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Hermione entrou pela porta da pequena casa silenciosamente. Olhou tudo ao seu redor, era o mesmo cenário há muito tempo... Mas tudo a sua volta eram detalhes relevantes. Olhou ao fundo e viu apenas os pés de sua mãe deitada na cama, seus olhos aguaram ao lembrar a terrível cena que atormentava todas as suas noites de sono.
- É você querida? – perguntou Jane do quarto.
- Sou eu sim mamãe – respondeu Hermione, caminhando em direção ao quarto e limpando os olhos ao mesmo tempo.
Adentrou-se e seu coração se espremeu como sempre. Desde que o trágico acidente ocorrera, tirando a vida de seu pai e de sua irmã, sua mãe havia ficado presa em uma cadeira de rodas.
- Como você está mamãe? – perguntou Hermione sorrindo.
- Presa nessa cama, mas estou bem.
- Não fale assim... Eu não gosto – disse Hermione em um tom amargurado.
- Arranjou emprego, filha?
Hermione confirmou com a cabeça e sua mãe sorriu.
- E onde é?
- Não muito longe daqui, mãe. Vou poder vir até em casa fazer o seu almoço – disse a garota com simplicidade.
- Não esquente com isso... Estou me virando muito bem, Hermione! Já me acostumei com a cadeira de rodas apesar de tudo.
- Prometo que daremos um jeito nisso. – disse Hermione abraçando a mãe.
- Não há o que ser feito Hermione, já me conformei com o meu estado, querida.
Jane acariciou os cabelos da filha com delicadeza e ternura. Hermione fechou os olhos tentando lembrar-se de como sua vida naquela casa era feliz, mas tudo ficou no passado e apenas via tristeza e dor no olhar de sua mãe, que nunca mais seria o mesmo.
Draco jogou-se em sua cadeira e pegou o telefone.
- Não quero mais ser incomodado – disse à secretária.
Olhou o suntuoso escritório ao seu redor, mas isso não significava mais nada a ele. Seus 26 anos pesavam como se fosse 50 e tinha visto a vida passar sem fazer absolutamente nada. Olhou ao seu redor e a única coisa que viu foi uma vida totalmente vazia. Sem família, sem muitos amigos de verdade e com mulheres que se interessavam apenas em seu dinheiro. Olhou o seu relógio mais uma vez, já estava na hora de ir para casa. Pegou o terno, a pasta, arrumou alguns papéis e saiu.
- Não volto mais hoje! – disse Draco à secretária.
- Sim senhor, me pediram para avisar que já contrataram a nova designer – falou a secretária.
- Ah sim, ok, obrigado por avisar!
- De nada, Sr. Malfoy.
Draco não se importava muito com quem era ou deixava de ser contratado, pois a única coisa que queria era o lucro e seu prestígio contínuo no mercado de jóias e moda. Sua vida lhe cansava e lhe causava um tédio inimaginável.
Quando entrou em seu apartamento, ouviu uma voz.
- Que bom que chegou, menino Draco!
Germana era a mãe que ele nunca havia conhecido, sorriu ao ver a senhora o esperando.
- Cheguei mais cedo hoje.
- Sorte a sua, criança! –respondeu a senhora com um sorriso amável no rosto.
- E por quê? Posso saber?
- Com toda a certeza! Preparei o bolo de chocolate que você gosta, e ainda está dentro do forno!
- Com sorvete? – perguntou Draco sorrindo como uma criança.
- Claro que sim! Quer que eu prepare para você?
- Não! Eu vou comer na cozinha mesmo, Germana!
Hermione acordara disposta a dar o melhor de si nesse emprego que lhe custara tanto para conseguir. Tinha a faculdade de designer há algum tempo, mas sempre trabalhou como Profissional Livre. Mas com a mãe naquelas condições não podia se dar ao luxo de não ter um dinheiro certo todo o final de mês.
Chegou cedo em frente ao grande prédio de fachada espelhada com os dizeres “Malfoy”. Pouca coisa sabia sobre seu trabalho em si, apenas que trabalharia do 12º andar e que seria uma das três designers de jóias da empresa e mais nada. Hermione entrou na sala e viu que uma das mesas já se encontrava ocupada. Uma bela moça ruiva de olhos azuis agora a mirava.
- Que bom que você conseguiu o emprego, Hermione! – disse a moça indo em direção à Hermione.
- Nem me fale, Ginny! É como um sonho... Como você tá? E o Harry? E a minha afilhada?
- Uma pergunta de cada vez, né?! Estamos todos bem e a sua afilhada anda falando muito de você! – disse Virginia sorrindo.
- Não sei nem como te agradecer, Ginny! – disse Hermione um pouco sem jeito.
- Pelo que?
- Por ter me ajudado com esse emprego!
- Não tem nada o que agradecer! Sei que você faria a mesma coisa por mim e pelo Poncho! – disse Virginia sorrindo.
- Pode ter certeza que sim... Qual é a minha mesa, Ginny?
- A de frente para a minha!
Hermione se ajeitou na grande mesa a frente da de Ginny. Tinha tudo o que precisava ali, pequenos alicates e uma boa lupa, além dos papéis para poder desenhar as jóias.
- Mas como andam as coisas com a sua mãe, Mione?
- Ah, Ginny... Não sei... Ela está cada dia mais triste... – disse Hermione enfadonha.
A conversa foi cortada pela entrada de uma moça de cabelos loiros e dona de um rosto angelical, mas ao mesmo tempo determinado.
- Olá Luna! – disse Virginia sorrindo para a moça – Esta é Hermione, comentei com você, lembra?
- Claro que sim, Ginny! – respondeu Luna sorrindo – Oi Hermione, tudo bem? Sou Luna Lovegood!
- Oi Luna. Creio que a Ginny já nos apresentou – disse Hermione com um sorriso gentil no rosto.
- Mione... – começou Ginny – Eu fiquei encarregada de te mostrar todo o serviço, por isso é bom começarmos logo.
- Claro. – disse Hermione.
- Se precisarem de mim é só pedir um help! – disse Luna se dirigindo a sua mesa.
- Ainda trabalhando naquele projeto, Luna? – perguntou Virginia
- É... O Draco me deu um bom desafio dessa vez! – respondeu ela sorrindo.
Hermione indagou com o olhar, e Virginia fez um gesto de “depois eu te explico”.
Draco chegou no mesmo horário de sempre na empresa, colocou sua maleta em cima da espaçosa mesa, mal se sentara quando a secretária entrou em seu gabinete.
- Bom dia Sr. Malfoy – disse a moça com delicadeza.
- Bom dia Odete, como estão as coisas por aqui?
- Tudo ocorrendo como o planejado. A nova designer já chegou.
- Pode me passar a ficha completa dela? – perguntou ele indiferente.
- Claro que sim, Sr. Malfoy. – disse Odete saindo.
- Mais uma coisa...
Odete virou-se para encarar o patrão.
- Quero ver essa moça depois do almoço aqui no meu escritório.
- Como queira – disse a secretária saindo.
Minutos depois Draco recebeu um fax.
Nome: Hermione Jane Granger
Idade: 22 anos
Estado Civil: Solteira
Aqueles dados eram mínimos, tinha que saber quem exatamente trabalhava com ele. Principalmente no cargo que estava sendo ocupado. Draco pegou o telefone.
- É só isso que você sabe sobre ela, Odete? – perguntou em tom seco.
- Sim senhor..
- Como assim, só isso? Não tem mais nenhuma informação?
- Trabalhou a vida inteira como profissional liberal na parte de designer, nunca teve um emprego fixo e mora por perto.
- Isso já é alguma coisa. Mas quero todas as informações possíveis sobre ela. Sabe o que fazer, não é?
- Sei sim, senhor Malfoy – disse Odete rapidamente.
Draco desligou, encostou-se em sua cadeira e pela primeira vez pensou como seria ter uma família de verdade. Com esposa e muitos filhos. Às vezes achava que isso nunca aconteceria, era cercado de mulheres que prezavam seu corpo acima de tudo, tendo todas elas os valores retorcidos. Respirou fundo, gostaria de ter um filho logo, mas não queria adotar. Será que alguma mulher estaria disposta a ceder seu corpo para gerar um filho para ele?
Os dias foram se passando e Hermione seguia com o seu trabalho tranquilamente, totalmente absorta no que estava fazendo, quando notou a entrada de uma moça pequena, de aparência macilenta que parecia estar a par de todas as coisas que aconteciam na empresa. Ela dirigiu-se diretamente a Hermione, parando em frente à mesa.
- Olá Srta. Granger, sou Odete. Secretária do Sr. Malfoy. – disse a moça com um sorriso no rosto.
Hermione já esperava pela visita dela. Tinha sido avisada por Gina. Respirou fundo antes de responder, apesar de saber do que se tratava o fato dela estar ali na sua frente a examinando de cima a baixo.
- Em que posso ajudá-la? – perguntou Hermione educadamente.
- O Sr. Malfoy quer vê-la.
- Quando? – perguntou Hermione educadamente.
- Ainda hoje, de preferência.
Hermione acenou com a cabeça indicando indiferença. Tinha acabado de começar a trabalhar, apenas duas semanas de trabalho, por isso não tinha ainda nenhuma encomenda especial que precisasse de um afinco cuidadoso.
- Ele quer vê-la depois do almoço... Pode ser? – perguntou Odete
- Claro que sim... Por mim tanto faz.
A secretária sorriu para Gina e Luna, que a olharam sem fazer nenhum tipo de comentário. Hermione respirou fundo, olhou pedindo ajuda para as amigas.
- Gina! O que eu faço? – perguntou Hermione com um tom de desespero em sua voz.
- Primeiro se acalma! – disse Luna no lugar de Gina.
- A Luna tem razão Mione... O Draco não é nenhum bicho de sete cabeças. – disse Gina com graça.
- Até pode não ser... Mas ele é o chefe, caramba! – falou Hermione.
- E o que tem isso a ver, Hermione? – perguntou Luna.
- Como assim o que tem a ver, Luna?
- Hermione... Não dá para te entender... Tá com medo do que?
- Ah sei lá Luna... E se ele não for com a minha cara?
- Não fala uma besteira dessas, Mione – falou Gina.
- Me conta como ele é! – pediu Hermione.
Luna e Virginia sorriram e Hermione as encarou. Luna ostentava um olhar sonhador e se abanava com as mãos e Virginia apenas ria olhando a amiga.
- O que se passa? Uma de vocês pode me contar? – perguntou Hermione impaciente.
- Você nunca viu o Draco? – perguntou Luna indignada.
- Não!
- Ah, meu Deus! – falou Luna exasperada – Como não? Nossa, não sabe o que está perdendo!
- Do jeito que você fala é como se ele fosse um deus grego. – disse Hermione sorrindo
- Mas é, Mione! – disse Luna se abanando – Você não tem idéia do quanto. Ele é um dos homens mais bonitos que eu já vi na vida...
- Prefiro o Harry... – disse Virginia sentando-se em sua mesa.
- Mas é claro, né, Gina?! – disse Luna rindo – Você esta casada e muito bem casada... Não pode ficar olhando para os lados.
- Péra ai... Casada sim, cega jamais! – disse Virginia rindo
- Concordo com você Gina... – disse Hermione – Mas me diz, ele é assim, humm, gostoso?
- Bota gostoso nisso, Mione. Ele é perfeito! – disse Luna se abanando rapidamente.
- Mas como ele é? – perguntou Hermione, séria.
- Fisicamente? – perguntou Luna, zombando
Hermione riu, ficou séria novamente.
- Eu falo, – disse Virginia – a Luna já está de graça. É só falar no Draco que ela fica assim, toda animadinha...
- Idiota! Vai chegar um primo dele, tá sabendo? – perguntou Luna sentando-se em sua mesa.
- To sabendo sim... – respondeu Virginia – mas isso não interessa...
- Se for tão lindo e gostoso como ele, me interessa sim! – respondeu a moça soltando uma risada delicada.
Draco saiu do carro e entregou as chaves ao manobrista. Estava sendo esperado. Não gostava de se atrasar, mas tinha tido uma pequena emergência. Entrou no luxuoso restaurante e avistou a moça morena que o esperava com um brandy sidecar nas mãos.
- Me desculpe, Andrômeda – disse Draco se sentando.
- Nenhum problema, querido... Como andam as coisas? – perguntou ela displicente.
- Está tudo sobre controle. Quando você vai me contar realmente o que aconteceu com os meus pais? – perguntou ele impaciente.
- No dia em que você me encontrar e não me perguntar nada a respeito. – disse ela de maneira suave e imponente.
- Eu detesto essas respostas vagas – disse ele pouco a vontade.
- Eu sei disso, mas ainda não é o momento.
- Nunca é o momento.
A discussão foi interrompida com a chegada do garçom trazendo o cardápio. Draco olhou para a mulher que estava a sua frente. Aparentava ter seus 50 anos, mas ao certo ninguém sabia. Ela era provavelmente a única que sabia como sua família simplesmente desaparecera por completo, sobrando apenas ele e mais ninguém.
- Eu vou partir, Draco – disse Andrômeda.
- Para onde? – perguntou Draco a encarando.
- Para algum lugar da Europa.
- Isso não resolve muita coisa...
- Não ficarei muito tempo longe.
- Esse “não ficarei muito tempo longe.” é quanto?
- Isso eu já não posso dizer, nem eu mesma sei ao certo. Apenas é o que posso lhe informar, querido.
Draco odiava ser tratado como criança, mas perto daquela mulher qualquer homem se sentiria um nada. Devia ter sido realmente bonita quando mais jovem, lembrava dela apenas daquele jeito, com algumas pequenas rugas que tinham aumentado de forma acentuada nos últimos meses.
- Andas muito estranha, Andrômeda – disse Draco tomando um gole de vinho.
- Impressão sua, querido – disse ela mexendo o brandy com a azeitona.
- Se achas, então não lhe contrariarei, tia – disse ele de modo seco. – Não posso me demorar hoje...
- Por quê? – perguntou ela com interesse.
- Tenho que conhecer a nova designer que contratamos – disse ele displicente.
- Hermione Granger, não é?
- Como sabe?
- Palpite – disse ela sorrindo.
- Eu detesto isso, Andrômeda.
- Você detesta muitas coisas, querido. Sei disso, mas tem certas coisas que não devem ser faladas, se é que me entende...
- Não, realmente eu não entendo. As coisas sempre foram estranhas na minha vida.
- Pode até ser, quando estiver preparado saberá. Agora não tenho muito tempo, terminemos de almoçar logo.
- Por que a pressa? – perguntou desconfiado.
- Embarco ainda hoje.
- Pronta, Hermione? – perguntou Gina.
- Estou. Vocês me ajudaram um pouco... – disse ela sorrindo.
- Sei que não foi muito – falou Luna - Principalmente eu, que fiquei o tempo todo me abanando...
Hermione riu da amiga, mas nada disse. Deu um sorriso, respirou bem fundo e olhou mais uma vez para o relógio que estava em seu pulso.
- Tá na hora, é melhor eu não me atrasar – disse Hermione – Estou bem vestida?
- Já respondemos que sim! – disse Luna rindo.
- Tá bom. Escutei, mas é sempre bom conferir.
- Uma coisa, Hermione... – falou Luna.
- O que Luna?
- Cuidado, ele é charmoso demais... – disse ele tentando não soltar uma gargalhada.
- Pode deixar, seguirei os seus conselhos amiga. – disse ela levantando-se e saindo da sala.
Hermione pegou o elevador e subiu até o ultimo andar, não muitos acima do seu. Pareceu-lhe uma eternidade, pois não gostava muito de elevadores, lhe davam certa fobia, mas nada que não fosse besteira de um pequeno trauma de infância. Saiu em um hall luxuoso, nada se parecia com os andares a baixo, tudo muito tranquilo e bem decorado. Aproximou-se da mesa que parecia ser a recepção e lá estava a secretária dele.
- Ele já chegou? – perguntou Hermione.
Valéria levantou o rosto e encarou Hermione por alguns segundos.
- Já – respondeu – Vou avisar que a senhorita chegou.
Hermione sorriu e manteve-se em pé. Viu a secretária pegar o telefone e trocar um pouco mais do que meia dúzia de palavras com o interlocutor. Ela colocou o telefone novamente no gancho e olhou para Hermione.
- Pode entrar Srta. Granger, ele já está a sua espera.
A secretária a acompanhou até a porta do escritório do Sr. Draco Malfoy. Até o nome lhe parecia tão imponente quanto todo o poder que ele tinha de fato. Hermione respirou mais uma vez profundamente e entrou na sala. Muito bem mobiliada em tons de mogno apenas. Draco estava de costas, parecia olhar entretido pela janela. Hermione o examinou rapidamente, podia notar que era bem mais alto do que imaginara e tão forte quanto Maite lhe contara. Agora queria ver o rosto dele. Ah sim, era o que mais esperava depois de tanta propaganda por parte de Luna. Draco virou-se rapidamente e os olhares se encontraram pela primeira vez. Não sabiam ao certo por quanto tempo ficaram se medindo até que ele resolveu quebrar o silêncio agonizante que pairava sobre a sala.
- Boa tarde Srta. Granger, sou Draco Malfoy – disse ele estendendo a mão formalmente.
- Boa tarde – disse ela tentando não reparar em mais do que devia.
- Bom, gostei muito dessas suas duas semanas de experiência – disse ele sentando-se em sua cadeira – Sente-se, por favor.
Hermione sentou-se de frente para ele. Sem dúvida tinha um magnetismo enorme que simplesmente a estava prendendo. Não sabia ao certo o que estava acontecendo, apenas que tinha vontade de ficar admirando-o o tempo inteiro. Mas não era para aquilo que estava ali e sim para saber se iria continuar empregada ou não.
- Bom – pigarreou ele.
Hermione apenas o encarou, mas nada disse.
- Quero que você continue trabalhando para nós Srta. Granger, você será de grande utilidade para a nossa empresa...
- Que bom que o Sr pensa assim – disse ela com um sorriso lhe brotando no rosto.
Draco se encantou com o sorriso da moça que estava a sua frente. Nunca nenhuma mulher lhe sorrira com tal sinceridade. Mas todas eram iguais, ela não seria diferente.
- Bem, o seu salário você pode acertar com o RH... – disse ele mexendo em uns papéis – Uma vez por mês eu peço um relatório...
- Já me informaram sobre isso – disse ela humildemente.
- Então está bem, qualquer coisa lhe chamarei.
Hermione levantou-se e o mirou mais uma vez. Imaginou-se o beijando, chacoalhou a cabeça antes que transparecesse o que estava pensando.
- Tudo bem com a senhorita? – perguntou Draco a olhando
- Estou sim... – respondeu Hermione corando.
- Mesmo? – perguntou ele a mirando
- Sim, senhor. Com licença... – disse Hermione o mirando uma ultima vez antes de sair.
Hermione passou a mão no rosto em forma de reprovação perante seu chefe. O que ele teria pensando dela? Acenou para a secretária, apertou o botão do elevador e lhe pareceu ter esperado milhares de segundos. Entrou afobada, deu apenas uma última olhada de relance em direção a sala de Draco antes de finalmente a porta se fechar.
Draco permitiu-se ficar por longos segundos repassando a cena que acabara de acontecer. Hermione Granger parecia ser uma moça dócil, frágil e sincera, mas ao mesmo tempo podia ter identificado em seu olhar algo como determinação. Draco pegou o telefone.
- Peça para Gabriela vir o mais rápido que puder – disse ele a Odete.
Tinha que descobrir absolutamente tudo sobre Hermione Granger, talvez ela se encaixasse em seus planos. Mas como persuadi-la a entrar neles era a questão. Tinha que achar alguma coisa obscura em Hermione, algo que a forçasse fazer o que ele quisesse.
Se alguém perguntasse a ele o porquê de ser Hermione, certamente não teria o que responder. Algo dizia a ele que tinha de ser ela. Era ridículo fazer o que estava fazendo apenas em nome de ter uma família. Para uns seria loucura, um tanto banal, mas não para ele. Sua necessidade de ser amado por alguém realmente seu era grande, nunca tivera ninguém que fosse completamente dele, mas um filho sim. Seria dele, ele o teria gerado.
O telefone de sua mesa tocou avisando que Gabriela estava prestes a entrar. Ele levantou-se quando a porta abriu, mostrando uma moça muito bonita. Com traços firmes e delicados.
- Como vai, Gabriela? – disse ele beijando a mão da mulher.
- Muito bem. Por que me trouxe aqui, Draco? – perguntou ela, direta.
- Quero que você faça uma coisa para mim.
- Claro – disse a moça cruzando as pernas de modo sensual – O que tenho que descobrir dessa vez, Draco?
- É simples dessa vez, Gabriela – disse ele entrando um papel – Quero que descubra tudo sobre essa pessoa.
A moça leu atentamente todas as informações contidas no papel.
- O que você quer com ela afinal, Draquinho ? – perguntou a moça examinando as informações.
- Mais tarde saberá, Gabriela. Mas por enquanto é tudo.
- O que você quer exatamente saber?
- Já lhe disse, absolutamente tudo o que puder me informar.
- Hermione Granger... – falou a moça em tom baixo.
- Isso mesmo, Hermione Granger – falou ele cuidadosamente.
Hermione saiu do escritório apressada, tinha ficado fazendo o balanço do mês. Todas as suas criações tinham que ter relatórios específicos para serem entregues para o Sr. Malfoy. Pegou o primeiro táxi que viu passando na rua. Olhou na porta de sua casa e assustou-se.
- Meu Deus – disse ela se aproximando da moça estirada em sua porta.
Hermione abaixou-se, a moça ainda respirava, mas com certa dificuldade. Colocou sua bolsa no chão e com muita força conseguiu colocar a moça dentro de casa.
- Mãe! Ajude-me aqui, por favor! – disse Hermione desesperada.
Jane apareceu esbaforida na sala em sua cadeira de rodas.
- O que aconteceu aqui filha?
- Eu não sei mãe. Encontrei-a na nossa porta - disse colocando a moça no sofá.
Hermione saiu correndo e trouxe um pedaço de pano embebido em álcool e aproximou-se do nariz da moça. Aos poucos notaram que ela estava tomando consciência novamente. Hermione e Jane respiraram aliviadas. Acompanharam com apreensão a moça aos poucos acordando.
Jane aproximou-se como pode da moça, que as olhava assustada.
- Oi, querida. Eu sou Jane e essa é minha filha Hermione...
A moça nada disse.
- Hermione te encontrou na porta de casa e te trouxe aqui para dentro.
A moça ensaiou um ‘obrigado’ com os lábios. Hermione notou um hematoma perto da boca e algumas escoriações nos braços.
- Mãe, eu vou pegar alguma coisa para passar nos machucados dela – disse Hermione.
Hermione voltou rapidamente com a caixa de primeiros socorros.
- Qual o seu nome? – perguntou Jane.
A moça pensou um momento, parecia estar totalmente perdida.
- Eu lembro que me chamam de Mariana...
- Você mora onde, Mariana? – perguntou Hermione.
- Eu não sei – disse a moça confusa.
- Você não lembra de nada? – perguntou Jane.
- Não. A única coisa que me lembro é que levaram a minha bolsa. – disse ela passando as mãos suavemente sobre o roxo do canto esquerdo da boca.
- Tudo bem, querida... – disse Jane fraternamente – Não fique nervosa...
Jane fez um gesto quase que imperceptível a Hermione e saiu da sala, dirigiu-se ao quarto e encostou a porta.
- O que vamos fazer, mamãe? – perguntou Hermione, largando-se em cima da cama.
- Como assim, o que vamos fazer, Hermione?! Não podemos simplesmente jogar ela na rua. Vamos ficar com ela pelo menos até que melhores desses ferimentos.
- Mas não a conhecemos, mamãe...
- Eu entendo sua desconfiança, mas essa moça precisa de ajuda.
- Eu sei que precisa. Podemos levá-la até a delegacia...
- Podemos fazer isso amanhã, mas hoje não. Deixe a moça dormir, Hermione, amanhã é sábado.
- Tudo bem, mamãe... Como quiser.
Voltaram à sala e a moça encontrava-se de pé olhando os porta-retratos na estante um pouco acima da tv. Olhava tudo como se quisesse absorver tudo o que era possível.
- Mariana, você quer ficar com a gente essa noite? – perguntou Hermione amavelmente.
- Eu não quero incomodar... – disse ela quase sussurrando.
- Não iria nos incomodar – disse Jane. – Ficará conosco quanto tempo for necessário e se você quiser amanhã te levaremos na delegacia para fazer um B.O.
- Preciso lembrar quem eu sou... – disse a moça vagamente.
- Não se preocupe com isso... – disse Hermione sorrindo – Você vai ver que logo vai se lembrar. Importa-se de dormir no meu quarto?
- Claro que não, Hermione... – disse a moça cabisbaixa.
- Vem que eu te mostro o quarto. – disse a morena.
Hermione deu a Mariana um pijama seu limpo, calcinha e sutiã novos.
- Você dormirá aqui, pode ser? – perguntou Hermione mostrando a cama ao seu lado.
- Muito obrigada... Será que eu... Eu posso tomar um banho? – perguntou timidamente.
- Claro que sim – disse a morena lhe entregando uma toalha.
Draco estava em seu escritório, na enorme casa que havia herdado de seus pais com a morte destes. Olhou sua mesa abarrotada de papéis, todos referentes a uma única pessoa: Hermione Granger. Ela era perfeita para seus planos.
- Posso, menino Draco? – perguntou Germana entrando.
- Claro que sim – respondeu ele com um sorriso nos lábios.
Germana colocou um prato de bolachas que pareciam ter acabado de sair do forno sobre a mesa dele.
- Quer que eu engorde, né?!
- Você precisa se alimentar, criança...
- Quem escuta acha que eu tenho 15 anos... – disse ele sorrindo.
- Não tem para você, mas para mim e como se continuasse sendo aquele menininho.
- Aquele menininho já tem 26 anos – disse Draco passando as mãos pelo cabelo loiro - Posso te fazer uma pergunta?
- Claro que sim, menino, espero poder te responder!
- Você acha que eu seria um bom pai?
A senhora não parecia assustada pela pergunta. Apenas encarou o menino-homem que estava a sua frente. Draco tinha sido obrigado a amadurecer muito rápido e sua infância tinha se esvaído como areia nas mãos, não tivera adolescência e tornou-se adulto precocemente.
- Você está pensando naquilo, não? – perguntou a senhora.
- Sim ,estou... Responde-me, por favor, Germana.
- Claro que sim, Draco. Você seria um excelente pai, não tenho a menor dúvida disso – respondeu a senhora saindo.
- O que eu devo fazer?
Ela deu a volta e aproximou-se dele, colocou as mãos velhas sobre o lado esquerdo do peito do rapaz.
- Segue isso aqui que tudo dará certo, menino... – disse ela dando meia volta e indo embora.
Draco ficou parado, olhando a senhora ir embora. O que o seu coração mandava? Nunca o tinha escutado e não era o tipo de momento que pararia para escutá-lo. Tinha um ano e meio apenas para resolver definitivamente a sua vida, ou senão perderia absolutamente tudo o que havia construído até aquele momento.
Pegou alguns papéis em sua gaveta e examinou-os mais atentamente. Tinha tão poucas informações de Hermione Granger que era impossível saber quem realmente ela era. Tinha que persuadi-la a aceitar aquele contrato, mas não sabia nenhum ponto fraco dela. Em suas pesquisas concluíra que ela fora brilhante em toda sua estada nas escolas e que terminou a faculdade como a melhor do ano procedida por Gina.
Pegou o celular e discou, mas não ouve resposta. Isso era um bom sinal. Teria que esperar que ligassem para ele. Tudo tinha que funcionar extremamente bem. Maldito testamento, era a única coisa que ele pensava nos últimos tempos.
Hermione chegou no escritório mais cansada do que saira na sexta feira. Estava estourada fisicamente com todo o desgaste do final de semana.
- Que cara é essa Mione? – perguntou Luna já sentada em sua mesa.
- Estou cansada.
- Achei que tinha escutado alguém dizer que usaria o final de semana para dormir.
- Pois eu disse, mas uma mullher apareceu na soleira da minha porta machucada e inconsciente. – falou Hermione se jogando na cadeira.
- Como assim? Eu juro que eu não entendi direito. – perguntou Luna levantando-se e sentando na frente da mesa de Hermione.
- Eu não sei como aconteceu por que a moça está sem memória. Você precisa ver Luna... – disse Hermione abrindo a maleta – Levei ela para dentro de casa, ela estava inconsciente.
- Qual o nome dela? Já foram na policia?
- Fomos no sabado. Ela só sabe que o nome dela é Mariana e mais nada. Não lembra o nome de nada e nem ninguém.
- Credo Hermione.
- Cheguei amores da minha vida! – disse Gina entrando alegremente na sala.
- Pelo menos o final de semana dela parece ter sido muito bem aproveitado. – disse Hermione ensaiando um sorriso.
- Que cara de velório é essa de vocês duas? – perguntou Ginai colocando sua pasta em cima da propria mesa.
- Conta pra ela, Luna. – disse Hermione abaixando a cabeça.
Luna contou o que Hermione havia acabado de contar para ela. Gina estava boquiaberta com a história.
- Coitadinha da moça Mione. – disse Gina.
- Pois é, estava cheia de ematomas.
- Posso atrapalhar?
Hermione, Luna e Gina viraram-se e viram Draco Malfoy em pessoa na sala delas. Luna ficou muda e Hermione corou sem saber o que fazer.
- Quanto tempo Draco. – disse Gina sorrindo.
- Pois é Gina, ando com muitas coisas para fazer.
Hermione e Luna olhavam sem intender absolutamente nada. Ele nunca havia descido ao escritório delas e Virginia nunca aparentou conhecer ele assim, com certa intimidade.
- O que te trouxe aqui, Draco? – perguntou Gina.
- Fazia muito tempo que eu não descia, quis vim dar uma olhada no que vocês estão trabalhando. – disse ele casualmente. – Como anda o Harry?
- Está bem. Sabe como é vida de médico não?
- Claro que sei. – disse ele sorrindo – Vocês precisam ir la em casa qualquer dia desses.
- Pode deixar, falarei com ele Draco, a Marcelle tem perguntado muito de você.
- Faz tempo que eu não vejo a minha sobrinha. – disse ele sorrindo.
- Vem que eu te mostrarei no que estou trabalhando. – disse Virginia entrando na sala onde ficavam os desenhos e as jóias já prontas.
Luna e Hermione ficaram olhando aquela cena absolutamente estagnadas. Como ele conhecia Harry? Como ela nunca o virá? Era amiga de Gina desde o nascimento e de Harry também, mais exatamente desde o tempo de escola.
- Você sabia que eles se conheciam? – perguntou Luna.
- Sei tanto quanto você Luna. Como a minha afilhada é sobrinha dele?
- Ele é perfeito não?! – perguntou Luna se abanando.
- É, ele é bonito. – disse Hermione vontando-se a concentrar em suas coisas
- Sua insensivel. – disse Luna voltando para sua mesa.
- Não é essa a questão Luna. O caso é que ele não é para mim. – disse Hermione mexendo em algumas pedras.
- Nem para mim, mas olho do mesmo jeito. – disse rindo.
- Só você mesmo Luna, mas é melhor voltarmos a trabalhar. Afinal o chefe está na sala ao lado.
- Chata! Estraga prazeres... – disse a morena levantando-se e seguindo para a própia mesa.
Na sala ao lado, Virginia mostrava todas as criações e peças já prontas. Draco examinava tudo com pericia e seus olhos eram aguçados para as minimas imperfeições. Eram peças unicas, para pessoas de um poder aquisitivo alto. Um peça em particular aguçou sua curiosidade tamanha era a perfeição e harmonia de seus componetes.
- Quem a projetou, Gina? – perguntou Draco pegando a peça nas mãos.
- Essa foi a primeira criação de Hermione – disse ela com um sorriso estampado – terminou esses dias.
- É simplesmente maravilhosa. – disse ele olhando atentamente a disposições dos brilhantes.
- Também achei. Acho que foi uma das criações mais belas que já tivemos.
- Os desenhos dela estão aqui na sala?
- Estão sim Draco. Você quer dar uma olhada?
- Quero. Estou curioso... – disse ele sorrindo
Virginia entregou uma pasta com diversos papeis dentro de pequenos sacos plásticos. Draco olhava atentamente para cada detalhe das jóias desenhadas, e a cada desenho se impressionava mais com a mulher que os havia feito. O ultimo chamou-lhe atenção, parecia ter sido feito sobre incomenda para alguém, podia jurar ver letras se formando entre os fios de ouros desenhados com delicadeza.
- O que achou Draco?
- São muito bons Gina, quando você disse que ela era boa não acreditava ser tanto assim... – disse ele com simplicidade.
- Pois agora acredita no que disse? – perguntou ela com satisfação.
- Acredito.
- Como está a vida? – perguntou ela séria
- Esta perguntando para a pessoa errada minha cara amiga. – disse ele com uma feição triste no rosto. – Não tenho vida.
- Esta na hora de se acalmar né garanhão!? – disse ela rindo. – Na hora de ter um filho né Sr. Draco Lucius Malfoy!?
- Pois é. O Harry teve sorte, conheceu você e tem a Marcelle – disse ele sorrindo – preciso achar alguém Gina.
- Você vai achar. – disse ela com um sorriso fraterno no rosto.
Virginia e Draco voltaram a sala e encontraram Luna e Hermione trabalhando com afinco em seus projetos.
- Estou indo... – disse ele em tom baixo.
As duas levantaram a cabeça, mas Luna foi a unica capaz de dar um sorriso. Hermione permaneceu séria como se estivesse a muitos e muitos quilomentros de distancia.
- Tchau Draco... e vê se desce mais vezes. – disse Gina com um sorriso no rosto.
- Pode deixar, virei sempre que der.
Draco saiu deixando Luna se abanando e Hermione com a mesma cara. Quando deu por si estava acompanhando-o com os olhos até onde ele iria pegar o elevador.
- Hermione... – disse Luna dando leves cutucões no braço da morena.
- Oi... que foi?
- Como assim o que foi? Parace ter desligado Mione... – disse Gina rindo.
- Tava pensando...
- No Draco? – perguntou Luna
- É... – ela percebeu o que falará – Não! Claro que não era nele... era na minha mãe.
Virginia e Luna trocaram olhares cumplices. Nada disseram e deixaram Hermione com seus pensamentos voando por algum lugar distante. Talvez nem tanto, poderia estar pensando apenas na sala acima delas.
- Mione... quer carona hoje? – perguntou Luna no final do expediente.
- Hoje eu aceito Luna... – disse Hermione sorrindo – sabe como é! Preciso ficar de olho naquela Mariana...
- Alguma suspeita dela Mione?
- Nenhuma... mas sei lá... nem a conhecemos...
- É, você razão! Qualquer coisa é só gritar! – disse Luna.
- Pode deixar que eu farei isso.
Hermione entrou em casa e encontrou tudo peifeito. A louça estava lavada e a casa limpa. Escutou vozes no quarto.
- Cheguei! – disse a morena colocando as coisas em cima da mesa.
Jane logo veio ao seu encontro.
- Como passou o dia mamãe? – perguntou Hermione lhe depositando um beijo na buchecha.
- Ótimo filha, Mariana me ajudou fazer tudo. – disse Jane.
- E como está se sentindo Mariana?
- Estou bem melhor hoje! – disse ele sorrindo – mas ainda dói um pouco. Mas não lembro de nada ainda.
- É melhor você não se preocupar com isso por enquanto Mariana. – falou Hermione. – Ficará conosco quanto tempo precisar.
- Só estou dando despesa para vocês.
- Não está dando nenhum prejuizo Mariana, muito pelo contrario... está fazendo companhia para a minha mãe.
- Não se preocupe com isso querida. – disse Jane.
- Não gosto de ficar assim na casa dos outros e o pior não lembrar nem o que eu era ontem de tarde. – disse ela em tom choroso.
- Não vamos ficar lembrando disso sim querida!? – falou Jane sorrindo – ficará conosco quanto tempo for preciso.
Hermione tomou um banho rapido, colocou um pijama folgado e sentou-se na sala para assistir um pouco de TV. Fazia semanas que não sabia o que era fazer isso. Olhou todos os canais, mas nada de interessante se passava, nem um misero filme.
- Quer um chá Hermione? – perguntou Mariana aparecendo na sala.
- Não Mariana... obrigado. – disse a morena.
- Vou fazer só para sua mãe... – disse ela entrando na cozinha.
Hermione olhou para a moça, não tinha motivos para desconfiar. Era doce e meiga. Preocupava-se em agradar ambas a todo o momento. Era como se fosse de casa e isso a imcomodava um pouco, mas sua mãe parecia ter adquirido um apreço grande pela moça em poucas horas de convivio. Sem que percebesse cochilou no sofá.
Draco sentou-se na cadeira após duas semanas sem noticias alguma do que tinha encomendado. Olhou seus e-mails e nada. Tinha apenas recebido um bilhete com os seguintes dizeres:
Entrei.
Em pouco tempo terá noticias.
Não me procure.
Sei o que estou fazendo.
Nenhuma suspeita.
G.M
O bilhete já estava amassado de tanto que ele lerá. Em sua visita a sala de Hermione Granger não conseguirá descobrir nada da moça. Apenas tinha constatado o que já sabia. Era reamente uma moça de traços peculiares. Chamou a secretária em sua sala.
- Chegou alguma coisa para mim? – perguntou ele ansioso.
- Nada senhor Malfoy.
- Nenhum cartão ou encomenda?
- Absolutamente nada. – disse a secretária.
- Quais compromissos tenho para hoje?
- Apenas uma entrevista para a Caras...
- A quanto tempo ela está marcada?
- Duas semanas. – disse ela – E será as 14.30
- Tudo bem... depois terei a tarde livre?
- Sim senhor.
- Não quero que marque nada para hoje então. Darei uma volta pelas dependencias da empresa.
- Tudo bem. Mais alguma coisa?
- Não... se precisar eu chamo.
Draco passou a mão pelo rosto. Pensou mais uma vez no que Gina tinha falado. E sorriu. Ela não tinha razão, ele nunca acalmaria. Iria casar em breve, mesmo a noiva ainda não sabendo, mas acalmar!? Jamais.
O telefone tocou. Odete não passava uma ligação direta a menos que fosse alguem realmente especial.
- Alo?!
- Olá meu querido. – disse a voz do outro lado.
- Andromeda!?
- Isso mesmo Draco.
- Onde está? – perguntou ele se ajeitando melhor na cadeira.
- Não posso lhe informar. Liguei apenas para saber como estas.
- Estou bem, quase um mês que não da noticias.
- Estive realmente muito ocupada.
- Se eu perguntar com que o que irá me responder?
- Não. Porque eu ainda não posso. – disse ela sem rodeios.
- Por que me ligou no final das contas?
- Para saber como estavas e para te avisar que o prazo está se expirando. – disse ela em tom de advertencia.
- Disso eu sei, estou providenciando tudo Andromeda.
A linha ficou muda. Por que sua vida sempre forá tão cheia de mistérios? E a morte de seus pais uma coisa praticamente obscura para ele. Lembrava-se de sua mãe vagamente. Era uma moça sorridente e bondosa, com cabelos loiros tocando a cintura. Mas não sabia se era realmente ela ou uma criação da cabeça de uma criança desprovida dos pais. De seu pai lembrava apenas as vezes que o pegou no colo e o acalentou. Eram cenas provavelmente ireais, nunca tinha visto sequer uma foto deles para poder confirmar a sua imaginação. Andromeda e Germana era o que conhecia como familia.
Olhou para o telefone e o colocou no gancho. A vida lhe parecia indiferente. Tinha aprendido a não fraquejar jamais, pois ninguém teria pena. O caminho que teria de traçar dali para frente era totalmente incerto. Não poderia planejar o que iria acontecer como tinha feito a vida inteira. Teria que conviver com a insegurança e depositar um pedaço de sua confiança em alguem que mal conhecia.
O fax ao seu lado começou a se movimentar e uma mensagem curta apareceu.
Estou bem.
Entrei com facilidade.
A mãe dela está numa cadeira de rodas.
Não sei se isso ajuda.
Tudo sobre controle. Ligarei assim que der.
G.M
- Isso sim são boas noticias. – disse ele com um sorriso no rosto.
Hermione chegou em casa, respirou fundo. Seria um dia complicado. Entrou em sua sala, nenhuma das duas havia chego ainda. Limpou os olhos com um lenço. Jogou-se em sua cadeira.
- Preciso me concentrar em alguma coisa... – murmurou Hermione.
Entrou na sala de projetos e pegou sua pasta. Sentou-se na bancada para continuar a trabalhar na peça que começara, pegou o pequeno alicate e começou a abrir os pequenos aros de ouro que colocaria no colar. Escutou entrarem na sala. Devia ser Gina ou Luna.
- Licença!? – perguntou uma voz grave atrás dela.
Hermione sentiu se sangue subir rapidamente ao rosto. Respirou fundo e virou-se. Não era Draco, mas sim um moço de cabelos tão loiros, quanto os deles. Estava chocada com o que via. Desde quando esse tipo de gente frequentava aquela empresa.
- Pode me informar onde é a sala de Draco Malfoy? – perguntou ele casual.
- É no andar de cima. – disse Hermione.
- Ah... obrigado. – respondeu o moço se retirando.
Escutou um grito e coisas caindo no chão. Hermione se levantou rapidamente e viu Luna sentada no chão com muitos papéis em volta olhando para o cara de cabelos loiros à sua frente.
- Me desculpe. – disse o moço começando a pegar os papéis. – Estava totalmente distraido.
- Eu percebi... mas não tem problema. – disse Luna juntando as coisas rapidamente.
- Desculpa... nem me apresentei. Sou Dário Malfoy. – disse o moço sorrindo
- Sou Luna Lovegood. – disse ela se levantando com alguns papéis na mão.
- Bem... eu já vou. Me desculpa... – disse ele saindo apressado.
Hermione olhava tudo da porta, apenas observava a amiga resmungando. Tinha acordado de um pessimo humor pelo que constatará.
- Tá tudo bem Luna? – perguntou Hermione temendo uma resposta.
- Tá... além de um louco de cabelos azuis me atropelar e derrubar todos os meus projetos no chão... – disse ela arrumando os papéis.
- Já viu ele por aqui antes? – perguntou Hermione.
- Não... por que?
- Sei lá... não achava que gente de cabelos azuis frequentasse aqui... – disse Hermione debochada.
- Nem eu, mas o que ele estava fazendo aqui? – perguntou Luna tirando um projeto da pasta.
- Veio perguntar onde ficava a sala de Draco Malfoy. – disse Hermione sem emoção.
- Aff... – disse Luna. – De onde será que ele conhece esse cara?
- Não sei se conhece... – disse Hermione duvidosa.
- Sabe o que eu não consegui ainda perguntar para Gina?
- Sei... – disse Hermione rindo
- Como sabe?
- Aposto que é o negócio de como ela conhece o Draco não!?
- Acertou... – disse ela rindo
- Eu sei que acertei.
Hermione teve um longo dia de trabalho. Não tiverá tempo de pensar em absolutamente nada. Tiverá sua primeira reunião desde que começara a trabalhar. Pode escolher desde o tipo de ouro com o qual queria trabalhar até peças novas necessaria que ainda não havia.
Respirou fundo antes de entrar em casa. Seria um resto de dia bastante longo. Entrou sem fazer nenhum barulho. Mariana logo veio ao seu encontro.
- Estou preocupada Hermione. – disse a moça.
- O que houve?
- Sua mãe se negou a comer e não quis falar comigo.
- Eu sei... preciso te contar algumas coisas. – disse Hermione jogando-se no sofá. – Sente-se por favor Mariana.
Mariana à olhava com uma curiosidade suspeita. Era um olhar estranho. Hermione não se importou. Pegou um porta-retrato em cima da televisão e abraçou com força.
- Hoje faz um ano que minha irmã e meu pai morreram – disse Hermione fechando os olhos com força.
Mariana apenas a encarou.
- Eles morreram num acidente de carro onde a minha mãe ficou paraplégica. – disse Hermione. – Eles tinham acabado de sair da minha festa de 21 anos quando um caminhão bateu de frente com eles.
As lagrimas escorriam abundantes pelo rosto de Hermione que tentava contelas enxugando um um lenço.
- Minha irmã estava na frente pela primeira vez. Tinha completado 13 anos uma semana antes e minha mãe estava atrás.
Mariana deixava lagrimas grossas escarem de seus olhos. Parecia que aquilo a tinha machucado demais. Era como se tivesse sido com alguem da familia dela.
- Sinto muito Mione... eu não tinha ideia. – disse ela – sua mãe nunca nem mencionou. Não sabia que tinha tido uma irmã.
- Eu devia estar lá, eu tinha que ter morrido em vez da Dorinha. – disse ela chorando. – Ela devia ter ficado viva.
- Você não pode pensar assim Hermione...
- Mas não tem como... a cena do carro todo amassado me passa pela cabeça todos os dias. Meu pai morreu na hora, mas a minha irmã ainda lutou pela vida alguns dias antes de morrer.
- Eu... eu...
- Minha mãe ficou em coma por duas semanas. Quando ela acordou eu não sabia como contar para ela... – disse chorando – Mas eu tive que contar.
- Sua mãe tem alguma chance de voltar a andar?
- Tem... mas a cirurgia é muito cara... – disse Hermione. – Queria poder ter a minha familia inteira junta novamente.
Hermione chorou. Era como se fosse ontem. Seus pais mal tinham ligado o carro e andados poucos metros quando um caminhão apareceu na pista, arrastando-os por metros a fio. A morena tinha certeza de ter visto caminhão ligar ao ver seus pais entrando no carro.
- Queria poder fazer alguma coisa. – disse Mariana.
- As vezes eu acho que esse acidente foi proposital. – disse Hermione.
Draco dormia tranquilamente em sua cama. Era a primeira vez em semanas que não dormia acompanhado por alguma beldade. Escutou seu celular tocar ao longe. Se mexeu colocando o travesseiro na cabeça. Era um sonho ruim. Quem em santa consciancia o ligaria aquele horario da madrugada!?
Um tanto desnorteado pegou o celular. Olhou o visor: “numero não identificado”. Atendeu rapidamente.
- Alo!?
- Sou eu Draco.
- Finalmente me ligou! – disse ele sentando-se na cama.
- Não tinha como te ligar antes.
- Entendo... mas me conte tudo... – disse impaciente.
- A mãe dela esta entrevada em uma cadeira de rodas e é reversivel. Só que a cirurgia é muito cara.
- Interessante. – disse ele com um sorriso no rosto.
- Só a mãe dela é viva! – disse a voz com um triunfo nas mangas.
- O que tem isso? – perguntou ele sem entender onde a pessoa queria chegar.
- O pai e a irmã morreram em um acidente de carro. Mas uma coisa me chamou atenção. Ela disse que tinha a impressão de que foi encomendado.
- Quero que descubra tudo o que puder. – disse ele sorrindo.
- Sei disso...
- Sabe que sera muito bem recompensada não?
- Claro que sei querido... posso sempre contar contigo.
- Pode ter certeza que sim!- disse ele.
- Preciso desligar.
- Preciso dormir.
- Desculpa pelo horario.
- Isso não me importa. Se forem notícias realmente boas como essa que você acabou de me dar.
Draco desligou o celular e sorriu triunfante, como se tivesse acabado de ganhar um campeonato. Colocou o celular na comoda. Sua cabeça simplesmente trabalhava a mil por hora. Já sabia com o que faria a chantagem, mas sabia muito pouco ainda sobre Hermione Granger para poder ir confiando um de seus segredos.
Olhou para o relógio, em poucos instantes o dia iriam amanhecer. Desceu até o escritório e pegou a agenda de telefones que mantinha trancanda em sua gaveta. Tinha que descobrir tudo o que pudesse sobre o acidente e sobre a familia dela. O que não seria dificil, pois todo homem que conhecerá tinha seu preço. Para quem iria ligar, esse era o primeiro impasse. Não sabia ao certo em que lugar essa acidente ocorrerá. Tinha poucas informações. Sabia quem lhe poeria ser util.
- Claro que sim. Virginia. – disse ele colocando a agenda novamente na gaveta.
Virginia chegou no escritório atarefada como sempre. Marcelle tinha começado com a história de ter medo de escuro e o casamento com Harry poderia acabar a qualquer momento.
- Tudo bem Gina? – perguntou Hermione.
- Não... não está nem um pouco bem. – disse Gina com os olhos vermelhos.
- O que foi? – perguntou Hermione abraçando a amiga.
- O meu casamento com Harry vai acabar! – disse ela entre soluços.
- Mas por que?
- Ele é casado com o hospital e não comigo.
- Você tem que entender Gina... casou sabendo que iria ser assim não foi?
- Eu sei, mas não entendia que iria ser desse modo Mione. Mal nos vemos, ele sempre está de plantão... as vezes acho que somos dois estranhos na mesma casa com a Marcelle de comum.
- Não pense assim Gina... as coisas vão melhorar! – disse Hermione abraçando a amiga forte.
- Já fazem 5 anos que estamos casados...
- Eu sei amiga... eu estava no casamento lembra!? – perguntou Hermione sorrindo.
- Claro que sim... o Draco também estava... – disse Virginia olhando a amiga.
- Sério!? – perguntou ela.
- Sim, mas acho que vocês não se encontraram.
- Posso te fazer uma pergunta?
- Claro que sim né Mione!
- Por que ele diz que a Marcelle é sobrinha dele? – perguntou Hermione curiosa.
- Ele é amigo de infancia do Harry... ele saiu no mesmo ano em que você entrou na escola. – disse Virginia limpando o rosto.
A secretária de Draco entrou na sala. Olhou para Gina que estava com lagrimas nos olhos.
- O que foi Virginia? – perguntou Odete delicada.
- Não foi nada querida. – disse Gina forçando um sorriso.
- O Sr. Malfoy quer ve-la.
- Agora?! – perguntou ela surpresa.
- Sim... ele quer ve-la com urgencia.
Hermione e Virginia se olharam. Nesse momento Luna chegou, olhou a cena sem entender nada. Odete saiu da sala deixando as três sozinhas.
- O que aconteceu? – perguntou Luna colocando as coisas em cima de sua mesa.
- Nada... – respondeu Gina – a Odete acabou de me chamar para ir até a sala do Draco!
- Que estranho. – disse Luna.
- Nem me fale. Eu não gosto dessa mulher. – falou Virginia. – Ela parece querer saber mais do que lhe convem.
- Gina... – começou Hermione. – Tudo isso vai passar... agora vai ver o que o chefe quer.
- Queria estar no meu lugar né Dona Hermione Granger? – perguntou Virginia sorrindo
- Se ela não quer eu quero! – falou Luna antes de Hermione responder.
- Ai Luna, para com esse fogo todo! – disse Hermione rindo.
- Vocês tem sorte. – disse Luna bufando.
- O que foi Luna? – perguntou a morena.
- Vou ter que ajudar o P.I
- O que é isso? – perguntou Virginia.
- Primo Irritante.
Gina e Hermione olharam-se sem entender absolutamente nada. Luna bebada logo de manha era uma novidade para as duas.
- Agradecemos se você explicar. – disse Virginia.
- Essa era mesmo a minha intenção. – respondeu Luna.- Lembra daquele cara de cabelo azul, Mione?
- Claro que sim... – respondeu Hermione.
- Do que vocês estão falando? – perguntou Gina.
- Você já vai entender ruiva... ele vai vir aqui. – falou Luna desolada – Mas então, ele é um primo do Dracoe eu fiquei encarregada de o ajudar a se adaptar na empresa.
Um rapaz de cabelos loiros entrou na sala. Luna olhou espantada. Aquele não podia ser o cara que ela iria ajudar. Hermione e Virginia olhavam espantadas para o cabelo do rapaz a sua frente.
- Desculpe o atraso. – disse ele
- Nenhum problema... – disse Luna.
- Podemos começar a hora que você quiser. – disse Luna visivelmente irritada.
- Então será agora.
Os dois sairam da sala. O rapaz parecia impolgado, enquanto Luna bufava que podia ser escutado ao longe.
- Você entendeu alguma coisa? – perguntou Gina
- Não, mas o cabelo dele não era dessa cor... – disse Hermione.
- Era azul?!
- Isso mesmo... era azul roial.
- Deixa eu ir...
- Boa sorte com o chefe. – disse Hermione sentando-se em sua cadeira.
Virginia entrou na escritório de Draco e o encontrou mexendo em seu celular.
- Que bom que veio Gina. – disse Draco.
Draco Malfoy tinha um ar de cansado, parecia não ter dormido nada. Estava com a barba por fazer e com um ar que lhe dava dez anos mais do que sua real idade.
- O que aconteceu com você Draco? – perguntou ela preocupada.
- Nada... precisava falar com você. Falei com o Harry a uns dias atrás e resolvi falar com voce...
Virginia o encarou, mas nada disse.
- Gina... você não pode simplesmente querer acabar com um casamento... – disse Draco.
- Eu mal vejo o Harry, Draco!
- Mas você sabia que iria ser assim desde o começo...
- Saber é uma coisa Draco... viver é outra. – disse ela deixando-se largar – Ele mal conhece a filha!
- Eu entendo... – disse ele.
- Não... você não entende... – disse ela com lagrimas nos olhos.
- Posso tentar falar com ele Gina?
- Falar o que Draco!? Não tem o que falar... mal existe casamento. Somos dois estranhos dividindo a mesma cama.
- Por que vocês não tiram férias? – perguntou ele.
- Draco... ele NÃO tira férias... ele é casado com aquele hospital.
O loiro precisava de um jeito de perguntar de Hermione Granger. Sua estratégia não estava funcionando como esperava. Precisava pensar em algo rapidamente.
- Não fica assim Gina... – disse ele segurando a mão da amiga. – Vocês dois são como a minha familia. A Marcelle, a minha sobrinha...
Virginia sorriu ao escutar as palavras do amigo. Conhecia Draco Malfoy desde o pré e ele tinha sido seu primeiro namoradinho. Aqueles que pegam na mão e dão beijo na bochecha. Os dois tinham apenas 6 anos. Era engraçado esse laço que tinha com ele. Conhecia Harry desde o momento que conhecerá Draco. Eram inseparaveis na escola até o dia em que Draco mudou de país.
- Gina... eu vi a alguns dias atrás Hermione Granger chorando na sala de vocês... – disse ele sério. – Você sabe por que?
- Claro que sei Draco... ela é a minha melhor amiga... – disse Virginia convicta.
- Eu posso saber por que?
- Pode... não vejo mal nenhum nisso... – disse ela séria – a 1 ano atrás ela perdeu a familia. Na realidade o pai e a irmã mais nova do que ela.
- Compreendo... – disse ele a encarando.
- A Hermione voltou para capital apenas a alguns meses... – disse ela – morava em São José com a familia, mas depois do acidente ela quis começar tudo do zero...
Draco sentiu-se como se tivesse tirado a sorte grande. Em apenas poucos minutos sabia mas do que a pessoas que estava trabalhando para ele. Não adiantava insistir mais, Virginia não era tola e sabia o exato momento em que não devia falar mais nada. Mudou o rumo da conversa, conversaram por um longo tempo. O loiro não conseguia parar de pensar no pouco mais que havia acabado de descobrir sobre o Mistério Hermione Granger.
Draco largou-se na cadeira com um sorriso de satisfação no rosto após a saida de Virginia da sala. Havia conseguido o que queria como sempre, mas nada se encaixava direito e não tinha tempo para montar todo o quebra-cabeça que estava a sua frente no momento. Tinha apenas um pouco mais do que 1 ano para estar casado e com um filho nos braços. Isso estava sendo um entrave em sua vida. Queria ter um filho para ter uma familia, mas ao mesmo tempo queria continuar a ter a sua independencia. Era complicado explicar o que sentia, nunca tinha tido um exemplo do que era ter um pai. Afrouxou a gravata que o incomodava.
Pegou o telefone, mas voltou a coloca-lo no gancho. Ainda naum era o tempo certo de fazer a proposta a Hermione Granger. Pegou o celular e escreveu uma curta mensagem de texto.
Pegue os exames dela.
Quero-os o mais rápido possivel.
No fim dessa semana.
D.M
Sua ultima esperança era que a lesão na coluna da mãe de Hermione pudesse ser realmente resolvida com uma operação. Queria os exames para mandar para o melhor especialista do mundo para que este avaliasse. Estralou os dedos. O dia estava chegando ao fim e os primeiros passos já haviam sido dados. Agora era uma questão de tempo.
Hermione chegou no escritório mais cansada do que saira na sexta feira. Estava estourada fisicamente com todo o desgaste do final de semana.
- Que cara é essa Mione? – perguntou Luna já sentada em sua mesa.
- Estou cansada.
- Achei que tinha escutado alguém dizer que usaria o final de semana para dormir.
- Pois eu disse, mas uma mullher apareceu na soleira da minha porta machucada e inconsciente. – falou Hermione se jogando na cadeira.
- Como assim? Eu juro que eu não entendi direito. – perguntou Luna levantando-se e sentando na frente da mesa de Hermione.
- Eu não sei como aconteceu por que a moça está sem memória. Você precisa ver Luna... – disse Hermione abrindo a maleta – Levei ela para dentro de casa, ela estava inconsciente.
- Qual o nome dela? Já foram na policia?
- Fomos no sabado. Ela só sabe que o nome dela é Mariana e mais nada. Não lembra o nome de nada e nem ninguém.
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Data | 28/05/2011 |
De | NF! |
Assunto | GEEEEENTE |
É o seguinte, não vai dar mais pra continuar postando nessa página, já que não tem espaço -.- então continua no outro link tá? Mals não postar antes, seeem tempo x.x Espero que estejam gostando, essa web é muito foda :D
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Data | 27/05/2011 |
De | larissa |
Assunto | cadê o resto ? |
Gente, quero ler o resto da web, gostaria que a pessoa que está escrevendo postasse a historia por favor, estou ansiosa !
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Data | 06/05/2011 |
De | Joselí |
Assunto | Ops, longe? |
Não imoprta vou continuar lendo, estou gostando dessa história! =D
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Data | 05/05/2011 |
De | NF! |
Assunto | Revisão de capítulos |
Percebi agora que os capítulos 11, 12 e 13 estavam embaralhados; Mas já concertei ok? Se quiserem reler para ver se esta compreensível a história agora recomendo ok?
Beijos;
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Data | 05/05/2011 |
De | NF! |
Assunto | Shhhh! |
O final esta BEM longe Joselí; pode ficar tranquila que você lerá por um bom tempo esta web. E garanto que o final será bem emocionante!
Beijocas.
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Data | 04/05/2011 |
De | Joselí |
Assunto | Eu li tudo ^.^ |
e estou curiosa, e gostando muito, gostaria de saber o final.. ^.~
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Data | 27/04/2011 |
De | NF! |
Assunto | Estão gostando? |
Espero que sim né? Apesar de não ver nenhum comentário sobre a web sei que leitores ocultos estão por ai e agradeço a vocês por acompanharem-me.
Espero comentários sim? *-*
Beijos.