Amor Liberta

Tudo sempre fora fechado para mim, trancado com cadeados infinitos, cuja chave alguma abriria. Uma barreira de mármore aprisionava meu amor, como se fosse Rapunzel em sua torre. Todos que tentavam retirar-me dali não conseguiam, eram esbarradas pela imensa pedra gélida. Desistiam ou eu pedia que fossem embora. Um dia, ao certo qual eu não sei, meu amor se revoltou. Incrivelmente uma força lhe tomou as mãos e inesperadamente esfregava-as contra o mármore. Parece fácil falando assim, mas este amor incansável não se importava com o esforço, apenas queria sair logo dali. Visto que não iria mais conseguir lixar a quase invencível pedra esbranquiçada parou. Ela se encontrava com a camada fina, não havia porque insistir em derrotá-la, sabia que teria de ser alguém do outro lado.

Você chegou, avistou ao longe minha torre, a forma bela e encantadora que transmitia a seu ver. Aproximou, debateu-se com a pedra, mas este impacto surtiu um efeito estridente. A cortina branca rachou, caindo ao chão em poeira simples. Você me olhou e quis entender o que acontecia, eu simplesmente pedi para que não parasse.

Por favor, bravo cavalheiro continue e retire-me daqui! Só consegui fazer este pedido antes da euforia tomar-me o ciente. Tu continuaste. Braçada após braçada despedaçava a minha prisão. Enfim acabou, estava livre. Olhei para você, em seus olhos profundos, consegui ver montanhas altas, grandes sonhos e determinações. Em teu sorriso encontrei tranquilidade e a segurança que não sentia há anos. Na forma carinhosa que me tocaste senti arrepios inimagináveis. Estava se tornando real o que minha psique tanto avistava ao cair do anoitecer. “Te olhei, pensei. Beijei-te, gostei. Recuei, parei.”

Não preciso ter receio, você é confiança tudo que eu esperava. O amanhã não haverá céu nublado, apenas um Sol encantado, um campo arado, Eu e Você.

 

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