Estudar, estudar e estudar. Todos nós passamos vários anos da nossa vida estudando o básico do básico, que muitas vezes esquecemos no decorrer do tempo, para depois entrar na faculdade e ficar mais alguns anos estudando - só que dessa vez é um estudo direcionado, ligado àquilo que nos satisfaz ou satisfará de alguma maneira (financeira, pessoal, etc). Muitas pessoas, porém, ainda não têm acesso à educação em nosso país. E a educação, gente, é um dever do estado e da família e DIREITO do ser humano! É através dela que temos a chance de nos tornarmos críticos à nossa sociedade, de tentar, pelo menos, mudar para melhor o presente e agir com altruísmo para com o futuro.
Mas este artigo abordará especificamente a jornada acadêmica - o início dela, com base em experiências pessoais. Antes de iniciar nossa discussão sobre o assunto, quero me apresentar. Eu sou o Gabriel, um dos colunistas aqui do Oficial Oliveira, e eu é quem fui homenageado pela Nágila (diretora oficial) com o site que vocês estão acessando no momento. Sou muito amigo dela, e nossa amizade já tem um bom tempo (vai fazer 5 anos).
Enfim, sou estudante do primeiro ano de Psicologia, e, para quem não sabe, a Nágila também já foi estudante de Psicologia. Ela fez até o início do terceiro ano, se não me engano. Espero que ela volte logo! Rsrs De certa forma, quando ela me falava das matérias, dos assuntos, pensadores, isso me animava, eu ficava curioso para entrar logo no curso e ver tudo o que ela inicialmente via. E cá estou, passou muito rápido, estou na faculdade e felizmente estou adorando.
O início da jornada acadêmica, em um primeiro instante, parece desafiadora e parece que não vamos conseguir aguentar a pressão. Ansiedade, medo, insegurança. Sentimentos e emoções se atrapalhando, e deixando a nossa mente mais confusa ainda. Eu digo isso na primeira pessoa do plural porque percebi que não fui o único a sentir tais sintomas quando iniciei a faculdade. Aos poucos o medo vai diminuindo, as pessoas vão se tornando mais próximas e aí a convivência fica bem mais fácil. O jeito mesmo é enfrentar nossos temores, embora nem sempre o consigamos fazer. Eu, por exemplo, sempre fui muito tímido. E o curso de Psicologia exige o contato com as pessoas. Não tenho dificuldade quanto a isso, converso normalmente, procuro tratar bem todo mundo, mas o que pega realmente é na hora de falar em público. Quem nunca sentiu um friozinho na barriga antes de apresentar aquele trabalho de powerpoint? Então... É assim que eu me sinto até nas situações mais simples, como uma dinâmica de grupo. Mas não foi este o motivo pelo qual eu escolhi Psicologia, porque, de fato, isso não faria com que eu fosse curado, é por isso que existe a psicoterapia (que eu já fiz, inclusive). O motivo pelo qual eu escolhi o curso foi para saber lidar melhor com o ser humano, entender a sua complexidade, ajudá-lo em suas dificuldades e limitações. E sempre me disseram que sou um bom ouvinte. Então... acredito que tenho tudo para gostar do curso cada vez mais.
Antes de iniciar a faculdade, porém, é necessário que se passe por um processo seletivo: o vestibular. É o assunto mais falado durante o ensino médio e principalmente durante o último ano dele: o exaustivo terceirão. Garanto a vocês que meu último ano do colégio foi muito mais cansativo do que está sendo meu início de faculdade. E apesar de ter estudado bastante, não consegui passar em uma faculdade pública. É muito concorrido! Mas é óbvio que não é impossível, exige muito esforço e dedicação integral, ainda mais quando o seu curso está entre os mais queridos da universidade. Você que está pensando em prestar vestibular para Medicina, Engenharias, Arquitetura ou coisa parecida, estude muuuuito... Até meu curso, que eu imaginei não ser tão concorrido, era! Mas eu penso que quem faz realmente a faculdade é o aluno, não importando onde este estuda. A diferença é na hora de pagar a mensalidade, é isso que pesa, não é mesmo?
Na faculdade você encontra diversas pessoas, algumas parecidas com você, outras nem tanto, e assim a gente aprende a conviver com as diferenças. Se você tem dificuldade de aceitar as diferenças, reveja seus conceitos, e veja se vale a pena. Nosso mundo é tão diverso que precisamos agir com empatia todos os dias. Não somos melhores do que ninguém. E durante a jornada acadêmica com certeza percebemos isso. Dou como exemplo a Psicologia, que estuda a subjetividade humana, o mundo interno, de ideias, que é construído por cada um. É por isso que um método de estudo para essa ciência se torna tão complicado: porque cada um é diferente do outro e pensa de maneira diferente. É um desafio e tanto!
Então, na hora de escolher o seu curso superior, pense bem. Não pense somente no retorno financeiro, de fato isso ajuda e muito, mas tente por na balança aquele que traz mais dinheiro ou aquele que traz mais satisfação pessoal. E quando fazemos e exercemos nossa profissão com gosto, com amor, é claro que vem a recompensa.
Desejo boa sorte àqueles que estão em dúvida, e também a quem já adentrou à faculdade, e até mesmo a quem já entrou, já viu que não era aquilo de que gostava e desistiu para tentar outra coisa. É normal, ninguém está livre dessas situações. Foco para continuar na luta e encontrar aquilo que realmente satisfaça o nosso mundo interior que, consequentemente, transforma o exterior.
Um abraço,
Gabriel de Oliveira
Equipe Oficial Oliveira