Namoro 24h: saudável ou obsessivo?

Sabem... não vou dizer que meu namoro com meu marido não tenha sido 24 horas. Mas nas circunstâncias que era não tinha outro jeito. Eu morando num lugar que não conhecia, estudando, trabalhando e bancando a minha vida sozinha. Não estava totalmente desamparada da minha família, fui morar em SP com meus tios, mas sabemos que não é a mesma coisa que morar com a mãe ou o pai. Logo, eu não tinha amigos e nem nada pra fazer nas horas vagas. E eis que então eu conheço o meu marido *-* Trabalhávamos no mesmo lugar, então todos os dias nos víamos e após o expediente ficávamos um pouco juntos. Enquanto o pessoal da empresa não sabia do nosso namoro (porque era proibido se relacionar com outros funcionários --') nossas folgas caíam nos mesmos dias. Então aproveitávamos pra passear e conhecer lugares novos. Mesmo ele sendo da capital, não conhecia nada, e juntos fomos descobrindo coisas novas. Tudo era equilibrado, tínhamos as responsabilidades no trabalho e nos estudos e nas horas vagas passeávamos. Mas um dia descobriram e claro que eles alteraram as nossas folgas da semana, deixaram pelo menos a do domingo juntos kkkk. Não vou dizer que não foi ruim, foi péssimo. Um dia eu folgava e ele trabalhava e no dia seguinte ele folgava e eu trabalhava. Parecia até sacanagem. E assim fomos. Como dá para reparar ficávamos o tempo todo juntos, mas sempre havia um espaço pras nossas coisas pessoais. Hoje enfrentamos um ano de namoro a distância. Foi horrível o começo. Passamos por cada barra, crises de ciúmes, dúvidas, tudo que se dá para imaginar nós passamos. Mas graças a Deus vencemos todos esses obstáculos e daqui duas semanas vamos nos casar e em breve morar juntos. O esforço valeu a pena.Agora vejam... Meu irmão começou a namorar uma menina faz uns dois meses se não me engano. E pro azar de todos os dois tem temperamento forte. A menina é a típica baixinha brigona sabem? E o meu irmão sempre foi explosivo e cabeça quente. O pior disso tudo não é só o temperamento deles, é o namoro obsessivo deles. Desde que começaram a namorar eles ficam juntos de manhã até o começo da noite, e depois ficam pendurados no telefone até de madrugada. E com o passar das semanas eles começaram a faltar no curso, ela começou a faltar no trabalho e às vezes na escola a noite. E eu sei que foi ela quem o convenceu meu irmão a faltar na maior parte das vezes. Meu irmão deu uma baita sorte de ganhar esse curso de Técnico Meio Ambiente do Governo e se ele ficar faltando óbvio que irá perder o curso. Dentre os dois, na minha opinião, ela é a mais obsessiva. Tem ciúmes do meu irmão sair comigo ou com minha mãe. Ela acha ruim o meu irmão atrasar de ver ela por estar fazendo alguma coisa com a gente. Se ele não atende a ligação ela já briga com ele. Sabem, eu acho isso o cúmulo da obsessividade. Vocês acham que isso é saudável pra eles? Eles moram perto, estudam juntos, poderiam ter o bom senso e a maturidade de perceberem que tudo tem um limite. Eles poderiam deixar os finais de semana pra saírem, curtirem um pouco o tempinho que tem no curso. Meu irmão virou guarda costas dela. Todo dia de manhã ele vai na casa dela levá-la até o trabalho. E depois vai se encontrar com ela uma hora antes do curso começar e ainda tem a capacidade de chegarem atrasados. E como se não fosse o bastante, ele fica com ela após o curso até ela ir pra escola ou então faltar pra ficarem mais juntos. Sabem, meu irmão já era difícil, mas agora ele tá impossível. Não respeita a mãe dele, não cumpre com as responsabilidades dentro de casa, não quer saber de trabalhar, e infelizmente tudo isso por conta da influência desse relacionamento obsessivo. A menina é cheia dos problemas na casa dela e descarrega pra cima dele.Esta bem evidente o quanto estou revoltada e contra o relacionamento deles né? rs. Eu sei, mas fico indignada com tudo isso. Eles não percebem o limite das coisas e ainda querem se achar os donos da razão. Ainda são jovens e vão aprender com a vida, mas é triste saber que esse tipo de atitude só os levarão a sofrer. Já conversei com meu irmão, já conversei com a menina, mas tudo entra por um ouvido e sai pelo o outro.