Draco Malfoy acordou assustado. Olhou pela janela, estavam quase aterrisando. Com carinho começou acorda a castanha ao seu lado.
– Você quer ver onde estamos ou não? – perguntou ele no ouvido de Hermione.
A morena abriu os olhos aos poucos, não recordava bem onde estava. Sentou-se assustada.
– Calma Mione... estamos no avião...
– É verdade... – disse ela sorrindo – Já chegamos?
– Olha pela janela que você terá a sua tão aguardada resposta... – disse ele levantando-se.
Hermione abriu a janela devagar, na primeira instancia não sabia ao certo o que falar. Christopher esperava impaciente por alguma reação dela.
– Eu... eu... – começou ela virando-se para Draco – Como você advinhou? – questionou ela emocionada – Como você sabia Draco?! Eu sempre sonhei em conhecer Paris...
– Eu tenho minha fontes amor... gostou da surpresa ou não?
– Eu... – suspirou – não tenho nem o que falar...
– Então não fale nada... teremos uma semana para realizarmos o seu sonho... – disse o loiro sentando-se novamente – Iremos conhecer todos os castelos, o museu do Louvre, vamos jantar na Torre Eiffel...
Hermione olhava admirada para o rapaz encantador que surgia a frente dela, parecia estar empolgado para lhe mostrar a grande e bela Paris. Sentia-se extasiada ao lado dele, suas palavras saiam com emoção ao caracterizar a cidade em toda a sua beleza. A morena nem perceberá que o avião aterrisava, estava totalmente absorta nas palavras do agora marido.
– Draco... foi aqui então que você veio morar depois que saiu da Inglaterra?
– Na realidade não... – disse ele num lamento – fui para a Suíça na realidade. Sempre que podia vinha para Paris. Adoro esta cidade, me trás boas recordações... na realidade as únicas que eu tenho dos meus pais.
Draco surpreendeu-se ao escutar aquelas palavras saindo de sua boca. Aqueles eram sentimentos que nunca havia confessado para ninguém. Hermione percebeu nos olhos dele uma sentimento de medo e embaraço.
– O que aconteceu? – perguntou ela confusa.
– Nada... não aconteceu nada... estava pensando em algumas coisas apenas... – disse ele distraído – Mas do que estávamos falando mesmo?
– Das vezes que você vinha para cá...
A aeromoça aproximou-se deles.
– O carro está esperando por vocês já... – disse ela.
– Ah claro... – disse Draco levantando-se – vamos?! Iremos deixar as coisas em casa e logo iremos explorar a cidade! O que você acha?
– Achei que nós iríamos ficar em hotel... – disse ela o acompanhando para a saída do avião.
– Não gosto muito dos hotéis franceses... – disse ele rindo – eles não gostam que se gaste sabonete, e eu sou um
Hermione deu uma gargalhada gostosa. Desceram as escadas do avião, e um luxuoso carro já os aguardavam a poucos metros dali.
– Você está brincando não? – perguntou ela ainda rindo.
– Claro que não... esperam que nós fiquemos com um sabonete que não dá nem para um único banho direito...
– E desde então você resolveu que não iria ficar mais em hotel... acertei? – perguntou ela divertida.
– Em cheio... – disse ele sorrindo e entrando no carro.
Aquele nem parecia o Draco que ela conhecia. Nunca o tinha visto dando risada, aquela tinha sido a primeira vez. Ele ficava excepcionalmente bonito quando sorria, parecia ser os ares franceses que traziam aquela felicidade a ele, definitivamente não parecia em nada com o homem austero que conhecerá atrás da mesa da grande empresa “Malfoy”. Ela abaixou o vidro para poder ver um pouco da cidade. Passaram em frente ao Arco do Triunfo e a Torre Eiffel.
Draco Malfoy à observava meticulosamente. Olhava tudo com atenção, parecia que aqueles eram seus últimos instantes de vida com tal a intensidade que seu olhar se dirigia para os monumentos e pessoas. Gostava de olhar Paris, mas de modo discreto. Era assim que admirava aquela cidade tão peculiar. Podia conhecer o mundo inteiro, mas aquela cidade era sempre a que o acolhia. Era a primeira vez que alguém o acompanhava a cidade e conhecia sua casa. Apesar da única coisa que os uniam era uma folha de sulfite A4 assinada por ambos, confiava em Hermione. Ela não tinha idéia do que estava sendo para ele, levá-la até o aquela casa, talvez nunca fosse compreender.
– É tão bonita Draco... – disse ela olhando para o loiro ao seu lado – Paris é perfeita.
– Concordo com você... nunca vi cidade tão bonita quanto essa em toda a minha vida... – disse ele baixando os vidros. – Apesar de que entre a cidade e os campos que a rondam... – disse ele inspirando – prefiro mil vezes o campo... aqui é tudo calmo... você verá a noite...
– Aposto que sim... está tudo tão verde... – disse ela olhando as flores e planícies que estendiam-se a sua frente – o ar tem um cheiro tão gostoso de flores...
– Estamos em plena primavera... nessa época é tudo assim mesmo... gosto de sair de casa e caminhar pela estrada... – disse ele sorrindo – estamos quase chegando...
– É tão bonito quanto eu imaginei que fosse... eu não sei nem como lhe agradecer...
– E desde quando eu quero agradecimentos?! – perguntou ele sorrindo. – Mione, pare de me agradecer e curta...
Hermione apenas sorriu, o carro foi diminuindo a velocidade, até entrar numa pequena estradinha de paralelepípedos. Parecia que ali o tempo havia congelado. Pelo seus cálculos não estavam muito distantes de Paris, mas naquele lugar as pessoas pareciam ter ficado paradas no tempo. As mulheres usavam saiotes cumpridos e os homens calças largas. Trabalhavam mexendo na terra, colhendo frutas maduras. O carro parou na frente de um pequeno palacete . Hermione olhou admirada enquanto Draco dava a volta e abria a sua porta.
– O que achou Hermione? – perguntou ele olhando o palacete que estendiasse a sua frente.
– É... muito bonito Draco... – disse ela olhando – eu nunca poderia imaginar que... ah... é muito lindo...
– Sempre que quiser vir para cá é só me dizer...
A castanha riu do modo com que ele falou.
– Você diz como se fosse daqui ali na esquina Draco... – disse ela sorrindo.
Ele apenas sorriu. Hermione parou a frente da construção, maravilhada. Era um lugar tão doce aquele, que passaria sua vida inteira ali sem que percebesse o tempo passar a sua volta. Um homem muito bem vestido veio os recepcionar.
– Bom dia Sr. Malfoy. Espero que tenham feito uma bom viagem...
– Fizemos uma bom viagem sim Henry.
– Está tudo arrumado para o senhor e para a senhora. – disse ele dispensando um sorriso a Hermione.
– Que bom – falou Draco.
– O quarto está do jeito que o senhor gosta, se estiverem com fome, preparamos a mesa para o café da manhã de vocês.
Os dois entraram na casa, tudo era ricamente decorado e sem exageiros. Condiziam com o lugar onde estavam. Os moveis de madeira, cortinas brancas nas janelas, uma enorme lareira. As salas eram amplas e arejadas. Hermione sentiu-se totalmente em casa, lembrou-se do sitio onde tinha passado boa parte de sua infância.
A mesa do café estava cheia. Bolos, tortas e frutas diversas compunham a ceia. Draco sentou-se na ponta da mesa e Hermione ao seu lado. Comeram sem trocarem palavras, estavam totalmente absortos em seus próprios pensamentos.
– O que você quer fazer Mione querida?
– Não sei... você que sabe! Nunca estive aqui lembra?! – enfatizou ela com simplicidade.
– Bem, então eu acho melhor você ir se trocar, por que vamos andar a cavalo. O que você acha?
– Uma ótima idéia... – disse ela sorrindo.