Ralf, Bianca e Tatiane voltaram para o condomínio e se depararam com uma cena engraçada: Nayara e Guto deitados na cama cochilando!
- E AAAAAAAAAAI CASAL! – Berrou o loiro bem perto do casal. Esses por sua vez acordaram no susto.
- Caralho Ralf, você tem merda na cabeça é? – Guto perguntou coçando a cabeça e localizando de imediato Nayara.
- Ele é idiota mesmo Be, já conhece. – Nayara responde e deposita um beijo no rosto de Guto.
- Be? – Tatiane e Bianca perguntaram ao mesmo tempo.
- É, Be.
- E que que isso significa? – Bia perguntou um pouco assustada.
- Be de bebe Bia, você sabe disso. – Nayara respondeu estranhando a surpresa das amigas.
- Bebe Na? Mas não to entendendo... – Tatiane ainda raciocinava o que poderia estar acontecendo ali.
- Vou esclarecer pra vocês uma coisa. – Guto começou interrompendo Nayara de dar a resposta. – Minha princesa e eu estamos juntos agora ficou mais claro? – Ele perguntou um pouco estressado e puxou a jovem ao seu lado para um abraço bem gostoso.
- Eita... – Os três fizeram uma cara de espanto, mas logo foram se acostumando a novidade tão repentina.
- Então tá bom! – Ralf quebrou o silêncio. – Mas eu quero saber o que vamos fazer pra terminar essa semana com chave de ouro! – Exclamou.
- É verdade né... Passamos a tarde toda batendo papo no bar que nem paramos pra falar sobre isso. – Bia comentou.
- Vocês ficaram lá mesmo own? – Guto perguntou, já que sabia onde eles estavam.
- É, essas duas ai não paravam de falar caralho... – O loiro resmungou tentando disfarçar.
- Que que você tá falando ai Finho? – Tatiane perguntou se aproximando do irmão com uma cara muito puta.
- Nada não. – Sorriu da forma mais cínica que podia.
- Bom mesmo.
- Isso não vem ao caso pelo amor ¬¬ - Bianca atrapalhou a briga de irmãos.
- Acho que tive uma ideia! – Nayara exclamou depois de pensar em alguma coisa para fazerem que marcasse de fato aquela viagem.
- E o que que você sugere Na?
- Que tal a gente ir comer uma pizza e depois dar um role lá pelo micro centro tem coisas que não chegamos a ver...
- Aaah isso Na? Achei que ia ser alguma coisa de pá! Arrasar. – Tati se lamentou.
- Pensa em coisa melhor nerd! – A jovem deitada a mirou com um sorriso sacana.
- Vai te catar! – A loira retrucou.
- Vamos parar né? Enquanto vocês discutem a gente perde tempo... – Nisso a morena olha para o relógio e se assusta. – Caramba meu! Já são 6:15 da tarde!
- Sério? – Todos perguntaram assustados.
- Aham.
- Quem não tem ideia melhor concorda com a minha? – A castanha perguntou.
- Eu aceito princesa. – Guto logo confirmou e selou seus lábios com os dela.
- Eu também. – Ralf respondeu dando de ombros.
- Por mim... – Tati falou.
- Ah eu quero sim! – Bia respondeu toda animada dando saltinhos, que acidentalmente tropeçou no pé da Tati e esbarrou no Ralf.
- Eu sei que tudo isso é amor por mim, mas não precisa ser em publico né Bia? – Ralf brincou, mas no fundo...
- HAHA engraçadinho. – Bia responde dando um tapa no ombro dele, se ela pudesse...
- Bom pombinhos vamos nos arrumar pelo amor de Deus? – Disse Nayara se levantando e pegando sua mochila.
- Com certeza! A gente vai tomar banho? – Bia perguntou.
- Ah, sinceramente? Eu não vou KKKK. – Nayara respondeu olhando para Guto com cumplicidade.
- Eu também não. – Ele sorriu.
- Bom, eu vou! Estou um caco. – A morena disse com as coisas nas mãos e descendo as escadas.
- Ah, eu não vou. Quando voltar eu tomo banho, estou com uma preguiça. – Tati falou sentando na cama ao lado do seu primo.
- Vai logo Bia eu quero tomar também! – Ralf berrou do alto da escada.
- O.K
- Então vocês podem me explicar o que aconteceu? – A loira perguntou ao ver Guto e Nayara se beijarem.
- Como assim? Não aconteceu nada... – Guto beija Nayara na testa.
- Ah claro! Uma fada do amor passou durante a noite de sono de vocês e puf! Hoje quando acordaram estavam apaixonados! Me poupe. – Tati falou ironicamente.
- É o seguinte: a gente ficou no primeiro dia que o Guto chegou, teve aquela discussão besta e a saidera. Quando eu acordei hoje me deparei com o Ricky deitado do meu lado e como ele tinha as mesmas feições que o Gu aqui e aquilo me despertou uma coisa que nunca tinha sentido antes. – Nayara disse de forma simples, objetiva e carinhosa olhando para Guto.
- UAU! Nunca tinha visto você falar assim Na, e olha que nos conhecemos desde a sétima série. – A loira falou totalmente surpresa.
- Pra você ver como a coisa é séria. – A castanha respondeu arqueando as duas sobrancelhas.
- Tá, muito bonito, mas e você Guto? Justo você, o pegador, o rei.... – Ralf perguntou um pouco incrédulo ainda.
- A primão nem sei explicar... – Ele olha para ela. – Tipo, rolou sabe? Nem se eu conseguisse explicar pra você eu não teria as palavras certas pra dizer. – Dito isso ele segurou o queixo da jovem e a puxou para mais um longo beijo.
- Aaaargh! Ok, já entendemos então. Não sei você Finho, mas eu to indo lá pra baixo colocar a minha roupa e comer alguma coisa, você vai ficar ai?
- Não, to indo junto. Só vou pegar uma camiseta mais foda que eu trouxe. – O loiro a procura em sua mochila e desce as escadas.
- Vocês vão se trocar lá embaixo juntos? – Nayara parou o beijo rapidamente e perguntou assustada.
- Que?! – Os dois irmãos falaram. – Lógico que não Na, que ideia de girico! – Tatiane falou com uma cara de tipo “Como assim?”
- Ah tá, mas como você vai se trocar?
- Eu vou pedir licença pra Bia no banheiro, já o Finho vai ter que se virar HAHA.
- “HAHA”, engraçadinha. Eu me viro mesmo. – Ele fez cara de aff e desceu.
- Fui. – Tati foi logo atrás.
- Agora que estamos sozinhos você vai ter que fazer uma coisinha pra mim Be... – Nayara sussurrou perto da orelha de Guto.
- Ah é princesa? E o que é? – Ele lançou um olhar malicioso.
- Vai ter que ajudar eu a escolher uma roupa! – Do nada ela pulou da cama rindo e abrindo a mochila novamente tirando três vestidos que trouxera.
- Aaah você tá brincando? – Ele perguntou desapontado.
- Não fica assim com esse biquinho pra mim não – Ela falou indo depositar um selinho no biquinho dele. – Mais tarde você vai ver que não foi em vão. – Ela sorriu.
- Huuum, então tá bom. Mostra pra mim.
Assim Nayara ergueu no alto o primeiro vestido. Vermelho com um decote em V e lantejoulas no busto descendo até a lateral direita da cintura. Guto olhou, observou de todos os ângulos possíveis, vermelho era a cor que ele mais adorava nas mulheres, mas nela não era somente sensual, era fascinante e decidiu que não. – Por que não? Achei que tinha gostado! – Ela perguntou assustada. Guto não respondeu, apenas pediu para mostrar o outro e assim ela fez. Ergueu outro vestido, agora branco com um estampado de folhas verdes claro. Não tinha um decote muito aberto, era uma gola V mais comportado. Abaixo do busto uma tira de elástico próprio do vestido dava a sustentação perfeita para os maravilhosos seios da jovem, como Guto achava e de resto o tecido caia solto e com a impressão de que se o vento batesse ali tudo subiria. Neste ele ficou um pouco na dúvida. Estava perfeito nela, mas faltava algo. Nayara pegou o último. Era um preto balonê com o busto de renda verde. Na mesma hora que Guto bateu os olhos nele já se decidirá.
- Nem precisa colocar, é esse ai.
- Caramba, e por quê?
- Porque eu tenho certeza que ele vai ficar ótimo nesse corpo gostoso que você tem. – Ele disse puxando-a contra o seu corpo. A abraçou forte e a beijou serenamente.
- Ok ok ok, então vou me trocar. – Ela interrompeu o beijo e pegou o vestido. Na frente dele mesmo tirou a sua roupa (de forma sensual, que fique claro rs) e colocou o vestido. Pediu a ajuda dele para fechar o zíper atrás. E assim o fez sem evitar de alisar a cintura dele e aperta seus seios. – Bobo... – Ela comentou e se virou.
- Bobo por você. – Ele disse.
- E eu por você amor. – Nayara disse sem se dar conta do que falará.
- Você me chamou do que? – Guto perguntou tentando conter um sorriso.
- De... – E então ela percebeu. – Ops!
- Vai fala, quero ouvir.
- De amor. – E virou o rosto.
- Por que fez isso? – E puxa o rosto dela.
- Ah, não sei... Fiquei sem graça eu acho. – Ri.
- Mas não teve graça. – Ele fala olhando sério.
- Ah, desculpa :x Sabe Gu... Sempre me peguei sonhando em dizer isso a alguém, de verdade e acho que inconscientemente é isso que aconteceu.
- Você acha?
- Sim.
- Tem certeza?
- Tenho por quê? – Se assustou.
- Porque pra mim não é acho, é certeza gatona! – E a abraça forte. – Eu estou doido pra te chamar de amor, de vida, de tudo! – E começa a rir.
- Ah é? *-* E por que tá rindo agora?
- Porque se alguém ouvisse falando isso me zoaria até a morte! A minha fama de pegador é muito forte sabe?
- Aham. – E Nayara emburra a cara.
- Que foi? Não gosta de ouvir sobre a minha fama de pegador? – E troca seu tom de voz pra mais sedutor e a abraça com jeitinho pela cintura.
- Não. – Ela responde com manha.
- Ah é? Agora eu sou seu pegador? – Ele sussurrava na orelha dela causando-lhe arrepios.
- É... – Ela respondia como se estivesse gemendo e Guto só reagiu de uma forma.
Rapidamente ele puxou Nayara para a cama e caiu sobre sem com todo cuidado para não machucá-la. Beijava-a freneticamente e sua mão explorava mais e mais aquele corpo que tanto lhe pertencia agora. A jovem por sua vez não perdia tempo, suas mãos já estavam por baixo da camiseta dele arranhando e apertando suas costas devidamente malhadas. Ainda que o desejo naquele momento para eles fossem de arrancar tudo e se amarem mais uma vez eles sabiam que teriam de parar logo o amasso. Vozes começaram a se manifestar mais alto lá embaixo e logo logo os três iriam subir. Depois de mais uns beijos Guto se levantou e a ajudou a fazer o mesmo. Observou Nayara se produzir e só trocou o chinelo por um tênis. A roupa seria a mesma.
Finalmente a castanha estava pronta. O vestido balonê preto com o busto de renda verde que Guto escolhera uma sandália de salto preta, o seu par de brincos favorito, duas bolinhas de brilhantes, uma maquiagem leve e o cabelo solto.
- É... Definitivamente você esta uma princesa. – Ele comentou.
- Obrigada amor, você também esta fabuloso.
- KKKK valeu por querer me bajular, eu sei que não estou tão bonito assim. – Responde sem graça.
- Que nada Gu, você nem precisa de muita coisa, só essa roupa e essa sua beleza já são o suficiente pra parar qualquer multidão. – Ela sorri e cruza seus braços na nuca dele.
- Mas a única pessoa que eu quero fazer “parar” é você. – E mais uma vez eles se beijaram. Alguns minutos se passam.
- Epa epa, ainda estão nessa melação toda? Vamos nessa! – Ralf parou no último degrau olhando pros dois ainda sem acreditar muito.
- Falo primão, já estamos indo. – Guto o olha com uma cara de “Cai fora daqui” discretamente e Ralf compreende o sinal retirando-se.
- O cara mala!
- KKKKK olha que engraçado, eu também o chamo assim. – Guto comenta e os dois riem. – Bom, mudando de assunto... – Ele segura as mãos dela e fixa seu olhar no dela. – Nayara, hoje você mudou totalmente o meu mundo e eu não quero que a gente saia daqui hoje sem ter uma coisa concreta pra oficializar isso então... – Ele solta as mãos dela e retira do seu pescoço o colar que carregava consigo desde os quinze anos. Uma corrente fina de prata carregando um pingente de prata também no formato de uma prancha. – Eu tenho essa corrente há 4 anos e ela é tudo pra mim, não vou a lugar nenhum sem ela e pra mostrar que o que eu digo é a mais pura verdade eu quero dá-la a você como prova do que sinto por ti e como símbolo do nosso namoro. – A última palavra surpreendeu Nayara que estava num transe devido a emoção.
- Do nosso namoro? Isso quer dizer que... ?
- Você quer namorar comigo? – Ele perguntou enquanto estendia a corrente para prender no pescoço dela. Nayara ficou sem palavras e a única coisa que fez foi se virar para ele fechar devidamente. Guto encosta-se a ela com carinho e sussurra em seu ouvido. – Quer? – E finalmente ela conseguiu dizer que sim. Ele a abraça fortemente e beija seu pescoço. Eles ficam naquele momento por uns minutos até serem interrompidos por um berro.
- Ai porra vocês vem ou não? – Ralf berra e é recriminado por Bianca que diz que ali tem conhecidos do pai dela.
- Você era o sonho que procurava e hoje ta se realizando bem aqui. – Ela falou ao se virar para ele.
- E você é a mulher com quem quero me casar um dia.
Assim os dois se abraçaram e desceram as escadas. Tudo estava se tornando diferente agora e o que era pra ser uma simples viagem se tornou muito mais na vida daqueles jovens.