Draco sentou-se na cadeira após duas semanas sem noticias alguma do que tinha encomendado. Olhou seus e-mails e nada. Tinha apenas recebido um bilhete com os seguintes dizeres:
Entrei.
Em pouco tempo terá noticias.
Não me procure.
Sei o que estou fazendo.
Nenhuma suspeita.
G.M
O bilhete já estava amassado de tanto que ele lerá. Em sua visita a sala de Hermione Granger não conseguirá descobrir nada da moça. Apenas tinha constatado o que já sabia. Era reamente uma moça de traços peculiares. Chamou a secretária em sua sala.
- Chegou alguma coisa para mim? – perguntou ele ansioso.
- Nada senhor Malfoy.
- Nenhum cartão ou encomenda?
- Absolutamente nada. – disse a secretária.
- Quais compromissos tenho para hoje?
- Apenas uma entrevista para a Caras...
- A quanto tempo ela está marcada?
- Duas semanas. – disse ela – E será as 14.30
- Tudo bem... depois terei a tarde livre?
- Sim senhor.
- Não quero que marque nada para hoje então. Darei uma volta pelas dependencias da empresa.
- Tudo bem. Mais alguma coisa?
- Não... se precisar eu chamo.
Draco passou a mão pelo rosto. Pensou mais uma vez no que Gina tinha falado. E sorriu. Ela não tinha razão, ele nunca acalmaria. Iria casar em breve, mesmo a noiva ainda não sabendo, mas acalmar!? Jamais.
O telefone tocou. Odete não passava uma ligação direta a menos que fosse alguem realmente especial.
- Alo?!
- Olá meu querido. – disse a voz do outro lado.
- Andromeda!?
- Isso mesmo Draco.
- Onde está? – perguntou ele se ajeitando melhor na cadeira.
- Não posso lhe informar. Liguei apenas para saber como estas.
- Estou bem, quase um mês que não da noticias.
- Estive realmente muito ocupada.
- Se eu perguntar com que o que irá me responder?
- Não. Porque eu ainda não posso. – disse ela sem rodeios.
- Por que me ligou no final das contas?
- Para saber como estavas e para te avisar que o prazo está se expirando. – disse ela em tom de advertencia.
- Disso eu sei, estou providenciando tudo Andromeda.
A linha ficou muda. Por que sua vida sempre forá tão cheia de mistérios? E a morte de seus pais uma coisa praticamente obscura para ele. Lembrava-se de sua mãe vagamente. Era uma moça sorridente e bondosa, com cabelos loiros tocando a cintura. Mas não sabia se era realmente ela ou uma criação da cabeça de uma criança desprovida dos pais. De seu pai lembrava apenas as vezes que o pegou no colo e o acalentou. Eram cenas provavelmente ireais, nunca tinha visto sequer uma foto deles para poder confirmar a sua imaginação. Andromeda e Germana era o que conhecia como familia.
Olhou para o telefone e o colocou no gancho. A vida lhe parecia indiferente. Tinha aprendido a não fraquejar jamais, pois ninguém teria pena. O caminho que teria de traçar dali para frente era totalmente incerto. Não poderia planejar o que iria acontecer como tinha feito a vida inteira. Teria que conviver com a insegurança e depositar um pedaço de sua confiança em alguem que mal conhecia.
O fax ao seu lado começou a se movimentar e uma mensagem curta apareceu.
Estou bem.
Entrei com facilidade.
A mãe dela está numa cadeira de rodas.
Não sei se isso ajuda.
Tudo sobre controle. Ligarei assim que der.
G.M
- Isso sim são boas noticias. – disse ele com um sorriso no rosto.