Capítulo 13 - Ele... Parte III

21/07/2013 02:32

13 de Setembro de 2012 12:34 Quinta - Feira

 

Juliana não sabia onde estava nem a quanto tempo estavam no carro, apenas sentia o vento bater em seus cabelos a muito tempo, Tulio ainda dirigia, e pelos grãos de areia que batiam contra seu rosto, eles deviam estar em uma estrada de terra. Sentiu o carro dar uma freada brusca e seu corpo ir para frente bruscamente e bruscamente voltar para trás, sorte que ela havia posto o cinto assim que entrou no carro. Ouviu uma porta abrir e fechar em seguida, em menos de três segundos a sua porta abrir e a algum braço passar por sua barria e desabotoar o cinto do carro, esse braço era ligado a uma mão, que agarrou o braço de Juliana e a puxava com força para fora do carro.

– Vamos! – Era Tulio.

Ela saio do carro com Tulio a guiando, ela sabia que não adiantava pedir para ela a soltar por que sabia que ele não o faria, e sem falar que não fazia ideia da onde estava. Seus saltos a machucavam, e pelo macio do chão ainda estavam em um terreno de areia.

– Olha o degrau... – Disse Tulio, ela levantou o pé um pouco mais alto, e quando o pouso no chão sentiu um assoalho de madeira sobre seus pés. Ouviu uma porta ranger e a claridade que atravessava suas pálpebras diminuiu, Tulio largou seu braço e Juliana o ouviu fechar a porta, as janelas e um barulho de correntes sendo arrastadas informou-a que ele havia fechado as cortinas.

– Agora, devagar, que voltar a ver seus lindo e brilhantes olhos castanhos. – Disse Tulio agora a sua frente desamarrando a venda.

Juliana ainda tinha esperanças que ao abrir os olhos acordaria em sua confortável cama e tudo não passaria de um pesadelo, mas em sua opinião era uma esperança idiota. Então Juliana abriu seus olhos devagar, olhou em volta e se localizou em uma casa de madeira caindo aos pedaços, janelas fechadas com cortinas escuras impossibilitando de ver aonde estavam, uma lâmpada fraca era a única coisa que iluminava a casa que era de apenas um comodo apenas. No canto direito havia uma velha cama de casal com um lençol listrado azul e branco, ao canto esquerdo havia um fogão a lenha com uma pia e um pequeno balcão e ao lado uma pequena mesa, mais a frente havia um sofá e a frente do sofá havia uma pequena televisão que estava desligada.

– Lar doce Lar.... – Disse Tulio dando um suspiro – A claro, não posso me esquecer... – disse ele pegando uma chave do bolso e indo trancar a porta. – Caso você queira fugir.

– Tulio... – Tentou dizer Juliana que foi interrompida.

– Eu sei, é pequena e também sei que você é acostumada com seu enorme apartamento, mas meu amor, é provisório. Logo teremos nossa casa, filhos, netos... Tudo oque você tem direito... Mas por enquanto ficaremos aqui, por enquanto.

– Tulio...

– A, já sei, você quer usar o banheiro não é, bom o banheiro fica em uma cabine ao lado, eu coloco a venda e te levo ate lá, farei sua escolta... Assim será ate eu arrumar um anexo para o banheiro. Agora, vou venda-la, não quero que descubra aonde estamos.

– Eu não quero ir ao banheiro, quero ir para casa, você não percebe que nunca irei ficar com você? Você foi o maior erro da minha vida! Não se esqueça que quando sofri o acidente meu pai teve um infarto, foi por sua causa que ele não esta mais nesse plano.

– Desgraçado, nunca gostou de mim. Estamos melhor sem ele meu amor – Disse Tulio na maior cara de pau.

Tulio nem teve tempo de ver oque havia o acertado, Juliana deu um tapa no lado esquerdo de sua bochecha, o moreno ficou zonzo por alguns segundos. Mas quando recuperou os sentidos fechou a cara.

– Sua vadia! – Disse ele dando uma tapa mais forte na cara de Juliana, que caio no chão. – Não, não devemos brigar. Vem aqui. – Disse ele levantando-a e abraçando-a.

– Me solta! Eu tenho nojo de você! NOJO! - Gritou ela já chorando, ela se soltou e se sentou ao sofá aonde se debulhou em lagrimas desesperadas, não conseguia ficar perto de Tulio. Queria voltar para casa o mais rápido que podia.

– Não, não quero que chore! Venha aqui, deixe me tocar seus lábios, beija-los. – Disse Tulio se aproximando e chapando-lhe um beijo a força, Juliana se afastou e logo em seguida cuspiu na cara dele.

– Você não entendeu?? Eu tenho N-O-J-O de você! Sai de perto de mim! Nunca mais quero beijar-te!

– Não é?! – Disse ele beijando-a a força, e quando ela tentou se afastar ele a puxou para mais perto, e ela retribuiu o beijo.

NÃO! – Disse Juliana se afastando a força de Tulio, ela tinha uma cara assustada com oque ela havia feito! Ela retribuiu o beijo? Mas por que? Afinal, aquele homem era um dos motivos dela sofrer tanto nos últimos quatro anos. Será que ela ainda sentia algo por Tulio? Depois desse tempo todo?

– Aham! Sabia que você ainda sentia algo por mim! Vem aqui minha danada, vamos recompensar os três anos perdidos! – Disse Tulio em um ar triunfal puxando Juliana para mais um beijo!

– Não!!! Eu... eu... eu preciso... ir ao banheiro! – Disse Juliana confusa

– Está bem – Disse Tulio emburrado, pegou o lenço e cobriu os olhos de Juliana, a levou para o banheiro que ficava fora da casa principal, ele a levou ate dentro do anexo, tirou sua vendo e saio ficando de guarda na porta.

Juliana não queria ir ao banheiro. Precisava pensar, por que retribuiu o beijo? Ela não sabia por que e não tinha tempo de pensar nisso, passou para a próxima pergunta. Como faria para fugir dali? Uma coisa ela sabia, precisava fugir, mas como? Uma ideia surgiu tão de repente que ela olhou para cima de sua cabeça para ver se havia uma lâmpada acessa. Já sabia como fugiria, não tudo, mas tinha um plano inicial, ia dormir com Tulio, ia acordar a madrugada, pegar a chave e o resto ela dava um jeito.

– Meu amor, você esta bem? – Perguntou Tulio de fora do anexo.

Quem vê pensa que é um homem prestativo... pensou Juliana.

– Esta tudo bem, já acabei... – Disse Juliana. Tulio entrou no anexo, pegou a venda e cobriu seus olhos, ele a guiou para a casa principal, fechou a porta e retirou a venda de Juliana. Assim que ele tirou a venda, ela chapou-lhe um beijo longo. Ele todo feliz retribuiu. Eles não se desgrudavam mais, ele a levou no colo para a cama, aonde ele feliz e ela fingindo, fizeram oque tinha que ser feito.

Juliana acordou cedo, Tulio dormia profundamente, ela não podia negar, ele sabia tê-la como ninguém. Procurou a chave da porta por todos os lugares, achou no bolso da calça de Tulio que estava jogada no chão assim como o resto de suas roupas. Estava se dirigindo a porta quando...

– Você tem certeza que vai fazer isso? – Disse Tulio calmamente.

– Tulio... – Disse ela se virando para ele – Entenda, eu não amo você.

– Não foi oque pareceu ontem a noite – ele levantou e começou a beijar seu pescoço.

– Tulio, para. Por favor, a primeira regra do amor, você lembra oque te disse?

– “ Se a pessoa que você ama, não te ama, você tem que deixa-la ser feliz com quem ela ama” – Disse ele fazendo uma péssima imitação da voz dela.

– Exatamente! Eu não te amo!

– Será? – ele começou a beija-la mais para cima, ate que chegou em seus lábios, ela não podia mais resistir, ela ainda tinha uma atração física por Tulio, mas agora ela sabia que era apenas atração, e retribuiu.

– Eu disse.... – Disse ele calmamente e retomando a beija-la.

– Eu não te amo... Apenas sinto uma atração por você, nada que o Renan na cure... – Disse ela voltando a si e se afastando – alias, ele é muito melhor que você na cama – disse com um sorriso malicioso.

– Aé?! Então, além de você me trair, você me conta isso? – Tulio agora estava com raiva, deu um tapa na cara de Juliana, jogou a na cama e pegou uma corda, que amarrou Juliana a cama. – Então você ficara um tempo ai pensando nisso... – Disse e saio porta a fora.

E agora? Oque seria de Juliana, pensava sozinha. Foi quando seu telefone começou a vibrar.

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